sexta-feira, 16 de abril de 2010

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Gostaria de saber de quem é esta pintura, se você souber comente. Obrigado

                                                     "Minha Amiga"
                                                          (Neyde Noronha)
Se ela fosse pensar no que viveu, jamais pensaria que fosse verdade diante da rigidez que hoje ele lhe impõe através de desculpas, de tantas evasivas, de tantas formas de disfarçar o que houve como se nada tivesse acontecido. Para ele – Uma aventura- Para ela uma esperança - A crença de que algo de bom em sua vida haveria  de acontecer.
Nada aconteceu desde que foi cumprida a promessa depois de uma demonstração de carinho ao convidá-la para expor sua arte em um local  tão conhecido como ele.
Até chegar a ponto de omitir apresentações,  foi omisso em  divulgar o  nome da artista e o seu trabalho artístico, por questões pessoais. Os quadros quase não foram vistos, em apenas uma semana, um só fracasso, uma decepção a mais e livro de visitas totalmente rabiscado. Passavam no "Corredor", local  onde estavam expostos os trabalhos pessoas que nem sequer olhavam. Não houve direção, não houve, gestão, não houve "vernissage", nada, e Karol se sentiu humilhada.
O seu coração enfraqueceu, sentiu um vazio muito grande.

Mesmo assim, ela continuou com suas insinuações, pretensões, desejando muito que aquela aventura continuasse, mais e mais.No entanto, ele a cada dia se esquivava.

Karol tornou-se amarga, fez várias provocações por emails, mas nada mudava na vida dos dois, principalmente na dela, claro.

Ele continuava “bombando” na net, não deixando de lado a vaidade tão peculiar na sua figura esguia, apesar da idade. Este ano com sessenta e nove anos de estrada ele vai continuar a caminhada das conquistas, com certeza, mas faz parte da vida dele.

Karol perdeu aquela possibilidade de sonhar mais uma vez. Hoje está triste, olha-se no espelho mas não se vê como antes, quando o esperava ansiosa em sua casa. Olha e vê que os dias passaram e há dois anos que não mais sentiu aquele corpo esbelto abraçar o seu, como dois adolescentes. A aventura para ela se foi como uma ligeira tempestade que passou, não causou danos a ninguém não ser a ela, sempre por perto das lembranças no mesmo quarto, na mesma sala, no mesmo armário quando vê algumas peças de roupas que vestia para esperar aquele homem, e se despia diante do olhar cobiçado do sedutor, que ousava tantas vezes atravessar a sua vida, se aventurar por ela, se dar também até chegar o dia de esquecê-la para sempre para hoje formalmente dizer apenas: "Minha amiga".
                                 foto de João Noronha (Curitiba/Santa Catarina)
Curtinhas
(Neyde Noronha)

O dom da palavra

Palavra é dom
Castelo de areia
Que se constrói
Palavra não é solidão
É poeira, é vento e ação
Mutante, constrói castelos
Derruba muros, acalenta sonhos
Une e separa corações.
******************
Tudo ou Nada

O silêncio me apraz
A solidão me incapacita
A rejeição me desola
O desafio me excita.
******************
Melancolia

Uma árvore foi podada
Sem vida, tombou
No canpo fertil da Vida
O vazio fez guarida
A melancolia se alojou.
******************
Bandoleiro

Alguém inspirou-me
Paixão irresistivel
Fez-me acordar

Por um dia é preciso
Parar de sonhar
Tirar os planos das gavetas
E, de algum modo
Recomeçar...
******************


Trabalho da Pintora portuguêsa aquerelista Helena Abreu
Moço
(Neyde Noronha)

Tenho um bichinho de estimação
Que dorme pertinho de mim
Ao lado da minha cama
Tão fria
Onde me agasalho para não congelar.
O meu cãozinho me olha tristonho
Será que ele pensa,
o que eu estarei pensando?
-No silêncio do seu olhar!
Meu quarto não é azul da cor do céu
A cor branca da paz, não consegue satisfazer o meu maior desejo
Falta alguém tão mágico
Que me traga o carinho que tanto quero
Beijos quentes
Lábios queimando a minha boca sedenta
Ao som acalentador das eternas canções
Nossos corpos cansados se estenderão na solitária cama
Até ao amanhecer
Na realidade, chegou o sono, sonho, ou sonho,
SONHO!

terça-feira, 6 de abril de 2010


             Algo para dizer      
            (Neyde Noronha)  

Lá fora a noite é fria
    Venta no terraço gelado
            Plantas acenam  para as outras
   Só isto se consegue ver
Volto para a cama
 Espero um telefonema
Lamento
         Sinto que nada tenho a fazer
               Lavo-me, perfumo o meu corpo
Olho-me no espelho
Penso
Fumo
     Tomo um cálice de vinho
Escovo os dentes 
       *****     

sábado, 3 de abril de 2010

Atravesse a rua e encontre você!
por Wilson Francisco - wilson153@gmail.com


Célia era uma mulher simples, bonita dedicada ao lar e filhos.

Dia a dia, o avental e o lenço na cabeça e o chinelo de dedos compunha o visual dela.

À tarde, recebia o marido, toda perfumada e pronta, para servi-lo!

Os passeios eram escassos, vez por outra acontecia uma viagem, para visitar parentes.

Um dia, debruçada na janela, sonhou e como por encanto viu lá fora um mundo diferente.
Saiu com algumas amigas, para tomar um chá.

As idéias avançadas, novas que ouviu nesse encontro, ressoavam ainda em seus ouvidos como que anunciando um novo tempo...

Foi apresentada a um rapaz e aceitou a idéia de trabalhar fora, afinal, se convencera de que o trabalho numaempresa, ter ser seu dinheiro, a liberdade de ir e vir comprar coisas, cuidar de si... tudo isso era fascinante!
Célia deixou sua casa, separou-se um ano depois e foi realizar seus sonhos.
Outro dia, liguei para ela.

Há tempos não nos falávamos. A conexão veio e eu resolvi procurá-la pelo telefone.
Do outro lado, uma voz triste e cansada. Revelou-me a dor grande de uma mulher angustiada.
- Wilson, fui ao fundo do poço, tentei o suicídio, estou só, desmaiei na rua e recobrei a consciência três dias depois. Não sei quem me socorreu e em que hospital estive. Acordei dolorida, em minha casa.

Hoje ela é evangélica. Busca na religião recuperar seu rumo. Não é mais a mesma. Não há vestígios daquela dona de casa, que admirava o mundo pela janela.
E também não há sinais daquela voluntariosa mulher que foi trabalhar fora, vestiu-se com roupas da moda e saboreou o sonho de conquistar o inusitado universo que ela vislumbrou nas vitrines do mundo.

Ouvi tudo com o coração, tenho-a na conta de filha da alma.
E, convenhamos, essa história não é nova e nem rara.
Quem não sonha em ter a vida do outro, percorrer caminhos novos, eliminar de seus dias a obrigação de servir; a rotina impiedosa do cotidiano?
Mas será que além do horizonte pode existir algo melhor?
Ou vale a pena sonhar buscar, fazer mudanças?
Na verdade, o grande engano pode ser você buscar lá nas passarelas do mundo algo que existe dentro de você.
Deus, a felicidade, a paz e a prosperidade são tesouros e caminhos e se encontram dentro de você.
No entanto, se você ainda acha que o melhor pode estar lá no outro lado, então, atravesse a estrada, saia do acostamento, deixe de se omitir no esconderijo do medo.
Exija de você algo novo, sem se culpar e nem ter remorsos.
Decida o seu caminho, escolha o que é melhor para sua vida.
E saiba, no Universo há um lugar, um encontro, um tesouro aguardando você.
Saia da rotina, deixe os julgamentos de lado, e tenha a coragem de fazer você feliz!
Texto revisado
por Wilson Francisco - wilson153@gmail.com

Terapeuta Holístico, escritor e médium espírita. Desenvolve o Projeto Mutação, um processo em que faz a leitura da alma da criatura e investigação do seu Universo, para facilitar projetos, sonhos e decisões, descobrindo bloqueios, deformidades e medos que são reprogramados energeticamente.


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E-mail: wilson153@gmail.com
Visite o Site do autor
http://somostodosum.ig.com.br/p.asp?i=8831&s=1

sexta-feira, 2 de abril de 2010

12 DICAS de um bom viver e vencer:



Celito Medeiros

1- Procure saber qual sua meta de vida, o que desejar TER e REALIZAR, assim, saberá o que terá que FAZER para conseguir, construa seu FOCO principal. Você é a pessoa mais confiável do universo.

2- Faça um plano a ser seguido para cada dia, cada mês e cada ano. O restante de suas atividades será particularizado por sua atenção principal. Não esqueça que existem outras atividades além de trabalho, seja racional.
3- Pesquise sempre a respeito de suas necessidades, assim terá a base para suas ações, a Internet possui uma imensa fonte de informação, porém, você só usará o que lhe interessa. Não podemos fazer tudo, mas podemos vencer.
4- O que você tem a fazer, não espere que alguém faça, assim, distribua seu tempo conforme suas necessidades diárias, mas concentre-se sempre no que estiver fazendo, não permita ser levado para outras ações secundárias.
5- Em tudo, faça sua escolha. Saiba dizer sim e não ou apenas silenciar quando esta for a melhor opção. Forme sua opinião com todos os dados que puder.
6- Você é a pessoa mais importante para sua existência, depois existem as demais, sempre na prioridade de sua escolha. Você é insubstituível, não suas ações e pensamentos. Mude sempre que encontrar algo mais confiável.
7- Ajude as pessoas e permita ser ajudado. Alie-se a grupos afins. Tenha a ética como caminho mais importante do que sua própria vida atual. Não se permita apoiar pessoas por parecerem boas e agradáveis em detrimento da honra. Não se preocupe em ter amigos ou ser amado, isto será automático!
8- Seja confiável, mantenha sua palavra dada. Mude de pensamento quando não gostar dele. Não julgue as pessoas pelos que dizem, mas pelos atos. Não tolere segredos ou pessoas que falem mal das outras, apenas absorva tudo o que puder para poder ter seu próprio padrão de julgamento. Procure perceber as devidas importâncias relativas.
9- Você pode viver bem em um ambiente hostil, promíscuo, violento, sem ética e com grandes problemas, viva sua vida, conserve sua área limpa de tudo isto e não permita interferências. Observe os vencedores, mas acima de tudo perceba os métodos utilizados. Não dá corda ao que não concorda.
10- Não fique se queixando, perderá tempo em fazer o que tanto precisa. Nunca concorde ou discorde de algo que não compreenda. Quando compreender, não precisa adotar ou combater. Faça sua escolha neste escola. Não fique preso em dores e perdas para não entrar no ciclo doentio.
11- Seja simples sem precisar ser humilde, seja orgulhoso sem precisar ser arrogante. Seja você mesmo, não copie modelos. Diga que gostou quando de fato gostou, emita opinião e principalmente valide as pessoas no que fazem de bom e ignore as demais. Não siga perdedores, mas poderá ajudá-los.
12- Não necessite de sofrimentos para aprender alguma coisa, nada deseje esquecer, mas tudo compreender e ter a experiência ao seu lado. Lembre-se que os resultados são mais importantes do que as horas de trabalho ou estudo. Descanse mudando de atividade e divirta-se sempre que puder.
http://www.slideshare.net/1950/celito-medeiros-1-pintor-brasileiro-presentation








domingo, 21 de março de 2010

                                Luz da Vida

The Light of Life from daihei shibata on Vimeo.
A vida é transparente, quente e redemoinhos aleatoriamente como uma luz suave. E isso muda constantemente ...
A vida ilumina-se e, em seguida, ele começa a acender uma nova vida.
Uma massa brotou das luzes inumeráveis tornar-se um fluxo de pouco tempo, e então se tornar parte da vida pulsar dos séculos.
Que a vida os laços, esse momento agora.

Director: Daihei Shibata
Piano: Naomi Yaguchi
Música: Debbusy "Clair de Lune"

sábado, 13 de março de 2010



EXPERIÊNCIA: Você tem?

Num processo de seleção da Volkswagen, os candidatos deveriam responder à seguinte pergunta:

“Você tem experiência”?

A redação a seguir foi desenvolvida por um dos candidatos. Ele foi aprovado e seu texto está fazendo sucesso, e ele, com certeza, será sempre lembrado por sua criatividade, sua poesia, e acima de tudo por sua alma, embora seu nome não tenha sido divulgado.

REDAÇÃO VENCEDORA

Já fiz coceguinhas na minha irmã

só pra ela parar de chorar,

já me queimei brincando com vela.

Já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto,

já conversei com o espelho,

e até já brinquei de ser bruxo.
Já quis ser astronauta, violonista,

mágico, caçador e trapezista.
Já me escondi atrás da cortina

e esqueci os pés pra fora.

Já passei trote por telefone.
Já tomei banho de chuva

e acabei me viciando.

Já roubei beijo.

Já confundi sentimentos.

Peguei atalho errado

e continuo andando pelo desconhecido.
Já raspei o fundo da panela

de arroz carreteiro,

já me cortei fazendo a barba apressado,

já chorei ouvindo música no ônibus.
Já tentei esquecer algumas pessoas,

mas descobri que essas

são as mais difíceis de se esquecer.

Já subi escondido no telhado

pra tentar pegar estrelas,

já subi em árvore pra roubar fruta,

já caí da escada de bunda.
Já fiz juras eternas,

já escrevi no muro da escola,

já chorei sentado no chão do banheiro,

já fugi de casa pra sempre

e voltei no outro instante.

Já corri pra não deixar alguém chorando,

já fiquei sozinho no meio de mil pessoas

sentindo falta de uma só.

Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado,
já me joguei na piscina sem vontade de voltar,

já bebi uísque

até sentir dormentes os meus lábios,

já olhei a cidade de cima

e mesmo assim não encontrei meu lugar.
Já senti medo do escuro,

já tremi de nervoso,

já quase morri de amor,

mas renasci novamente

pra ver o sorriso de alguém especial.

Já acordei no meio da noite

e fiquei com medo de levantar.

Já apostei em correr descalço na rua,

já gritei de felicidade,

já roubei rosas num enorme jardim.
Já me apaixonei e achei que era para sempre,

mas sempre era um “para sempre” pela metade.

Já deitei na grama de madrugada

e vi a Lua virar Sol,

já chorei por ver amigos partindo,

mas descobri que logo chegam novos,

e a vida é mesmo um ir e vir sem razão.
Foram tantas coisas feitas,

momentos fotografados

pelas lentes da emoção,
guardados num baú

chamado coração.

E agora um formulário me interroga,

me encosta na parede e grita:

“Qual sua experiência”?

Essa pergunta ecoa no meu cérebro:

Experiência... Experiência...

Será que ser “plantador de sorrisos”

é uma boa experiência? Não!

Talvez eles não saibam

ainda colher sonhos!
Agora, gostaria de indagar

uma pequena coisa

para quem formulou esta pergunta:
Experiência?

Quem a tem, se a todo momento tudo se renova?




Um só momento
(Neyde Noronha)
Dá-me um só momento
Para pensarmos
Avaliarmos o tempo
O tempo que se foi

Senti quando te esperei
Não veio

Com evazivas
Dia após dias
Os seus correm, mais do que os meus
São horas intensas
Pensando em cores, vivo
O sentimento em letras,
Vêm de ti

Sinto o quanto foi lembrar
E tentar te esquecer
Um dia após o outro
Viverão sorrisos e alegrias
Quantas voltas e partidas
Partidas para o retorno

Não sei se é amor
Não sei se é apego
Não sei se é o costume de estar por perto
Só sei que adorar é coisa muito séria no coração
É este o meu modo de ser...

sábado, 6 de março de 2010




Assim, tão de repente

Neyde Noronha

Quero ficar, mas não posso.
Medito para não chorar.
Assim, tão de repente,
uma parte de mim quer ir,
a outra quer ficar.

Tantas idas sem volta,
regressos vão e vêm,
bem ou mal são regressos,
procura de acertos esquecidos.

Mão no peito, choro.
Agarro a dor sentida
que procuro entender
no silêncio;
e assim, tão de repente,
chega à despedida.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Filipinas: casas noturnas proíbem que clientes cantem 'My way' no karaokê
A música "My way", imortalizada na voz do cantor americano Frank Sinatra (morto em 1998) foi retirada da lista dos karaokês das casas noturnas das Filipinas, na Ásia. A informação foi divulgada nesta quarta-feira pela "BBC". Os motivos da saída da canção são os casos de violência envolvendo pessoas que cantavam (ou tentavam) cantá-la nos recintos.
Pelo menos seis pessoas morreram em brigas, após chacotas, discussões e brigas nos bares do país. Segundo Ronald Tolentino, especialista em cultura popular da Universidade das Filipinas, a maioria dos casos envolve homens adultos e embriagados e o teor da letra de "My way" pode ter motivado os tumultos.
"Ela fala no triunfo sobre a adversidade especialmente entre homens mais velhos e costuma ser a última canção da noite. No final, as pessoas já estão bêbadas, sentem-se corajosas, e podem entrar em uma grande briga por causa disso", afirmou.
Veja abaixo um vídeo com Frank Sinatra cantando "My Way", versão de Paul Anka para a canção francesa "Comme d'habitude", de Claude François



http://www.sidneyrezende.com/blog/sidneyrezende
"Maravilhas fluidas da imaginação"
(Fernando Pessoa)

sábado, 6 de fevereiro de 2010


Nota do autor: obs.: essas fotos selecionadas que aparecem nessa apresentação, estavam disponibilizadas na Internet, e são TODAS de pessoas chamadas BRUNA...

Assista e ouça: BRUNA

Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=BPnAJ_m3QWk

(quem desejar enviaremos o arquivo em MP3)

Música nova...
depois de “LEBLON”, agora nasce mais essa parceria: “ BRUNA ”

BRUNA
Murilo Mauhá e Nilton Bustamante

Sigo caminhando por todas as ruas
Por todas as nuvens
Em sua direção
São assim os meus dias, minhas tardes corridas
E a poesia lembrar
A esperar um beijo seu
A se perder junto ao meu
Pra nunca mais voltar
É por isso que eu sinto
Que a felicidade fez casa em nosso viver
É por isso que eu sinto
Que o meu amor é maior quando perto de você
Bem perto de você, Bruna...

Conheça Murilo Mauhá no site:
http://www.globalshow.com.br/

sábado, 9 de janeiro de 2010






BUENA VISTA SOCIAL CLUB

Nilton Bustamante



Ternos de linho – ou qualquer um-, jovens que se esqueceram de envelhecer, chapéus Panamá - ou qualquer um-, sentam-se em cadeiras domesticadas.

A calçada é passarela à espera da noite que virá – sempre vem.

Os olhares no aparente vazio vêem o que custa passar. Parece filme que ao chegar ao final, inicia-se em contínuo ritmo sem tempo de acabar. Cada qual entende o que outro sabe, o que o outro vê, e sorrisos nos cantos dos lábios, nos cantos dos olhares, despontam disfarçados.

Passa pelo caminho carrinho de mão, conduzido por mãos calejadas, buscam a direção de alguns trocados. E os sobrados são sombrios, são imponentes, morrem em pé, sem se deixar dar o gosto da terra. Um homem, sozinho, no terraço, equilibrando-se no vazio, parece falar com muitos, parece ouvir os mundos, parece sorrir como quem acaba de gozar, e por um instante a química da felicidade se esparrama corpo a fora. Logo mais uma mulher, fuma solene um charuto, vassoura às mãos, varre, varre, nada mais há para varrer, mesmo assim, ela continua – quando não há a entrega ao costume, há a fadiga. Carros antigos estacionados ao meio-fio estão mais para serem apreciados do que propriamente conduzidos, estão mais para não serem importunados em sofridas aposentadorias. Centenas de homens, outras de mulheres, pelas ruas à espera das migalhas das filas das filhas, das filhas, da Gran Revolución. Meninos, pés descalços, correm atrás do sonho esférico, chutam o mundo. Nas fronteiras das partidas suicidas, ondas insistem altas, querem espiar o que se passa na ilha, insistem, insistem... mas, dão-se contra os paredões; os mesmos paredões aos que insistem.

Há de se resistir, há de se abraçar com carinho a música, bebida da alma, para contradizer, porque tudo fica muito áspero, fica muito piada de mal gosto, a graça fica toda nas mãos dos senhores da terra, e a história já cansou de mostrar as mesmas letras, as mesmas insânias, dos ouros reluzentes das bocas do poder, que riem feito hienas.

Um homem pára diante da câmera, fica estátua, personalidade, encara a lente, se faz de oficial de todas as patentes, e não se distrai. Outro, perto dali, roda um latão, faz pião, roda, roda, roda, mostra que sabe lidar com os movimentos, tudo ao alcance das mãos, menos das bananas que descarregam do caminhão. A fome ronda, ronda, ronda...

E os senhores, jovens que se esqueceram de envelhecer, pegam seus violões, contrabaixos, percussões, letras e poesias e sentida dor. Abraçam a noite namorada, e cantam, e tanto, e quanto podem, que fazem mesmo todos acreditarem que tudo ali foi feito com carinhosa encenação, serviu apenas como cenário para a música, para Buena Vista Social Club cantar para o povo se remexer, dançar e sonhar na areia do mar...

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010


AMOR OU AMIZADE? OS DOIS....

Martha Medeiros



No finalzinho da entrevista que Pedro Bial deu à Marília Gabriela, quando foi questionado sobre relacionamentos, ele deu uma lição que serve para todo mundo: trate seu amor como você trata seu melhor amigo. Sei que isso parece falta de romantismo, mas é o conselho mais certeiro.

Não era você que estava a fim de uma relação serena e plenamente satisfatória? Taí o caminho. Vamos tentar elucidar como isso se dá na prática. Comecemos pelo exemplo que o próprio Bial deu: você foi convidado para o casamento de uma prima distante que mora onde Judas perdeu as botas, você tem que ir porque ela chamou você pra padrinho. Como é que os casais costumam combinar isso?

"Não tem como escapar, você vai comigo e pronto". Ou seja, um põe o outro no programa de índio e nem quer saber de conversa. É assim que você convidaria seu melhor amigo? Não. Você diria: "Putz, tenho uma roubada pela frente que você não imagina. Me dá uma força, vem comigo, ao menos a gente dá umas risadas...".

Ficou bem mais simpático, não ficou? Como esta, tem milhões de situações chatas que você pode aliviar, apenas moderando o tom das palavras.

Pro seu marido: "Você nunca repara em mim, não deu pra notar que cortei o cabelo? Será que sou invisível?" Mas pra sua melhor amiga: "Ai, pelo visto meu cabelo ficou medonho e você está me poupando, né? Pode dizer a verdade, eu agüento".

Pra sua mulher: "Você já se deu conta da podridão que está este sofá? Não dá pra ver que está na hora de trocar o tecido?" Mas pra sua melhor amiga: "Deixa a pizza por minha conta, eu pago, assim você economiza pra lavar o sofá. A não ser que este seja um novo estilo de decoração..."

Risos + risos+ risos.

Maneire. Trate seu amor como todas as pessoas que você adora e que não são seus parentes. Trate com o mesmo humor que você trata seu melhor amigo, sua melhor amiga. Até porque, caso você não tenha percebido, é exatamente isso que eles são.

"Grandes Realizações são possíveis quando se dá importância aos pequenos começos"

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

http://www.delnerobookstore.com/
Faça o download de Estações- siga as instruções

Meus blogs: Confira,você já pode estar lá como seguidor(a)

arte
http://cochichar-te.blogspot.com
poesia
http://neydenoronha-letrasartes.blogspot.com
outros
http://salsaprimavera.blogspot.com
Neyde Noronha (nan)

terça-feira, 5 de janeiro de 2010





Sem saber do projeto do novo seriado da Globo, fiz este vídeo, principalmente,focando a lindissima voz de Dalva de Oliveira,cantando a música Segredo. Aproveitei e fiz uma poesia que me emocionou criar naquela época. Com a voz de Dalva, me inspirei com toda a minha alma de artista.

Linda e romântica música cantada pela voz inconfundível de Dalva de Oliveira. Cantora de muito sucesso nos anos 50 e início dos anos 60. Segredo e e Dalva são inconfundíveis. Assista... Obrigado, Neyde Noronha (Neydenor)

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010



UNIVERSO DE MINHA VIDA


Marcos Ramos

Assim como a paz lhe traz
Um ouvinte para lhe dizer
Como é bom estar contigo



Sempre que um raio de sol
Aparece como bom amigo
Os seus olhos logo brilham



Quando no espectro me vê
Fica linda como uma Vênus
Em doce sorriso para mim


A vida sempre traz alegrias
Ficando com o amor eterno
No Universo de minha vida


**********************

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010



"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança,
fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar
e entregar os pontos. Aí, entra o milagre da renovação
e tudo começa outra vez, com outro número,
e outra vontade de acreditar que daqui
para diante vai ser diferente."

(Carlos Drummond de Andrade)

domingo, 20 de dezembro de 2009



Dindo gostosão
Pois é, até parece que o mundo só existe para ele, que fazer caridade nunca existe, nem se expressar com simplicidade.
Não sei como aconteceu me apaixonar por alguém como ele - Tudo nele é ilusão. A vida que escolheu parece um passa tempo tão diferente dos meus sentimentos, das minhas verdadeiras razões.
Com o seu sorriso carismático ele provoca tal sedução que é capaz de virar o mundo de cabeça para o ar, isto é, as mulheres que babam e ficam aos seus pés formando filas e mais filas de paparicos desmaiam diante dele. Vejo isto nos programas de relacionamento da net, em blogs onde atua, etc.
Mas tudo não passa de uma mentira, talvez um teatro vivo, uma encenação de uma peça onde penso eu, tudo acaba em pizza- Ele foge, é casado, me parece que isso é o seu maior trunfo para despistar a massa.
O pior é que às vezes fico tão envaidecida com os elogios dirigidos por ele a mim que babo, me ajoelho, fico boba, deixo tudo de lado para ficar aqui pensando nele. Um cortesão de primeira categoria, um homem cheio de porções e mais porções do luxo que já não mais existe em mim. Aboli os banquetes de babe-te porque além de nunca ter apreciado muito estas coisas, não sinto prazer nenhum em festas sociais, grupos de pessoas que se reúnem em sociedade, que mal se conhecem para apenas se fotografarem para jornais ou revistas. Nunca precisei destas coisas para me sentir feliz. Gosto da minha simplicidade, me recuso ao luxo, já vivi demais os grandes banquetes, salões e a variedade de mesas fartas onde serviam caviar, que detesto (era o chamariz para os novos-ricos ), e eu ia contra a vontade apenas para não ser indelicada com os anfitriões.
Hoje prefiro viajar e aproveitar a natureza, coisa que só aprendi a apreciar nos idos dos anos noventa.
A Chapada da Diamantina foi o começo, depois Barcelona e aqui no Brasil visitei cidades lindas como Gramado, Canavieiras, que praia linda que curto, sua beleza está nas numa praia de maravilhosa. Ai que saudade!
Volto a falar em Barcelona, em Cadaques, em Girona, em tudo o que gosto de ver e sentir, passo a revelar aqui o meu preferencial que é viajar e o outro preferencial, sem dúvida é ser amada.
Mas, perder o meu tempo com alguém que não consegue sequer me ver, me olhar, se interessar por mim, até resta alguma dúvida quanto a isto, serei eu uma alguém que não tem o conhecimento e a inteligência de saber o que é bom ou é ruim para mim?
Que coisa, ser trocada por jantares de final de ano, trocada por outras companhias em grupos de clubes, de festas e concursos que mais se parecem com concursos de miss! Quem é o melhor, quem vai dar mais? Mesas fartas, que cansei de ver ao longo dos meus dias, jantares fartos, seriam tão fartos como os que já participei, que loucura! Detesto estas coisas pois já vi este filme várias vezes. Portanto vou relaxar, desta vez sem dúvida será um relaxamento tipo "aconteceu um acidente de trabalho", machuquei a minha mão e não posso digitar, não vou trocar "figurinhas", chamando o cara de "gostoso", daqui por diante. Já deve estar farto de ser chamado de Dindo, Gostoso, Gostosão e Gatão - "Gostosa é eu mesmo, muito prazer", mais do que ele pensa se estivesse aqui agora e me visse tão linda, neste calor tropical, quase sem nada para mostrar em cima da pele
O que fazer se tudo não passa de uma ilusão na vida daquele homem! E como é a vida dele que se ajeite, pois mudar não vai mudar nunca, já está na idade de se render a quem está perto por comodismo, sociedade, amigos, etc. Então, salve, salve a liberdade, que mesmo se chamando Solidão tem como parceira a "Mim", que dou uma dica legal aqui para não se prender a ninguém assim tão legal demais, senão se ferra.
Nan

sábado, 19 de dezembro de 2009



MORRE LENTAMENTE

"Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo. Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar. Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece. Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru. Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o escuro ao invés do claro e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos. Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos. Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante. Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe. Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade."

***

(Martha Medeiros)

terça-feira, 8 de dezembro de 2009



Por algumas horas

Caminho entre pequenas e longas distancias
Sentindo um peso na consciência
Parti o teu coração.

Sinto o frio que causei na tua alma
Sofrendo contigo a mesma dor que sentiste
Naquele dia em que te falei
que vou me afastar de ti para sempre.

O que adianta lembrar o que passou.
Quem seria eu diante de ti
Se nunca fui amada ou amante tua
Juntos, por algumas horas
Por apenas poucas vezes
ou somente em ciclos !

Neste circo da vida
Onde os altos e baixos se encontram
Os anjos dizem Amém!


Neyde Noronha
8/12/2009

sábado, 28 de novembro de 2009



Pintora de telas

Emoção
Ato de criar
Jasmins no jardim
Parte de sonhos
Procura e alcance


O mundo reconhece
Teu sorriso
Tua presença
Teu aconchego
Mesmo que já não esteja perto


A tela crua
Personagem de um sonho.
Em cena
É um esboço de obras passadas
Está viva

Colore o mundo.
Manifesta a sua vontade,
Sua verdade
De quem viveu para te esperar
Jamais te esqueceu

Neyde Noronha
27/11/2009

terça-feira, 10 de novembro de 2009

"Sempre é bom parar um pouco, pensar no tempo, no próprio egoísmo se assim é o que significa, ser levada à ingenuidade e a pureza da intuição que poderá parecer decadência e sair só no vento, no tempo, no vazio, na plena luta pela resistência, vencedora pelas suas próprias lutas, para que mais tarde possa deixar os pássaros que gerou, livres para voarem cada um para os seus ninhos onde quer que eles estejam".
É uma luta difícil que nem sempre chega ao fim, mas se conseguir chegar, será uma glória para quem é só no mundo".
(nan)

sábado, 31 de outubro de 2009



Ando por aqui

( Neyde Noronha)


Ando por aqui, carregando telas,

Traçando linhas

Fazendo de conta

Que a vida é boa

Quando nem sempre é...

No faz de conta

Que nos trás de volta a felicidade

O sorriso pleno

A risada feliz

O choro esquecido

A vida plena

A saudade vivida

A dor esquecida

A alegria de volta

A esperança que se solta por aí

A Felicidade que vai e vem

Então, estou por aqui...


31/10/2009

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Mudanças


Mudanças
(neyde noronha)
A vida que se transforma, muda, desnuda-se e diante de um dia de sol ou de chuva, transmuta-se em fantáticos sonhos ou terríveis pesadelos.
Tudo em vão
Dos nossos sonhos mais sonhados vagam pela estrada da vida nos procurando para réfens.
Não sou eu quem diz, sou apenas quem escreve.
Estamos de partida
Em breve, quem saberá, voltarei
Ou se ficarei por lá, não me acostumo com a tristeza
Nasci para ser feliz
Ando sempre a procurá-la
Oh! Felicidade, venha me buscar
*****

segunda-feira, 7 de setembro de 2009




Após este evento que Mario Sousa divulga em seu blog e em vários jornais do Rio de Janeiro e Niterói, me preparo para outras investidas na arte da pintura E da Poesia- Objetivo deste site, seguindo novos caminhos. Aguardo a sua aprovação.
Obrigado leitor.

Neyde (NAN)
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quarta-feira, 24 de junho de 2009




Receio Olhar


Olho o horizonte

Como quem olha a despedida

Vejo tantos desencontros

Que receio olhar...

Qualquer pensamento ao ver o infinito

Me faz lembrar a longa caminhada

Que terei que fazer para chegar a ti.

Neyde Noronha
20/10/2007

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Na perfeição da vida


Enquanto olhava pela primeira vez aquela foto sentia que algo existiria. Passou a sonhar constantemente acordada e também a pensar naquela figura elegante, bonita e segura. Sentia arrepios ao receber qualquer recado a cada dia sempre exaltando o ser mulher como se fosse a única no mundo. O costume de ser tão solitária e triste, receber tantos elogios deixavam-na cheiade dúvidas e ao mesmo tempo em grande espectativa.
Ativou o seu instinto criativo e foi adiante no novo sonho, se empenhou nele como um navegante sem porto seguro.
Alguém assim tão sedutor foi na vida da sonhadora o estopim. Algo teria que acontecer algum dia. E aconteceu, presa as amarras daquela figura digna de elogios, que parecia nobre, nada via diante dos seus inquietos olhos.

Surpresa, aceitava tudo que vinha como se fossem flores e uma nova vida despontava. Naquele momento tentava recuperar o que havia perdido com esta nova realidade. Durou algum tempo mas haviam restos e dúvidas que não aceitava, lia, via, gostava ou não, animava-se, compartilhava ou se encantava cada vez mais.
Só que certa uma certa vez algo se desmanchou como se determinasse o fim de um sonho- Após o primeiro encontro, a primeira vez juntos.
Comentou-se sobre sua vida madura a qualidade de serem adultos e não adolescentes- Um espelho diante em que se via mais velho talvez menos sedutor e vice versa- Duas pessoas madura, diálogos maduros e mais nada. Em desacordo veio a decepção. Tão distante daquilo que sonhou para ele, talvez. Porém era ainda era desejado.
E ela não se detinha a continuar com isinuações, tentativas e o seu modo de seduzir, pois assim se sentia diante dele.
Cega, achando que a esperança seria o seu próprio crédito, via várias vezes esta figura diante dos seus olhos, no seu canto, quase que diariamente. Real ou virtual. Todavia sentia uma dor no coração quando ele ia embora de sua casa, sentia um vazio extraordinário, e pensava que talvez não viesse mais ou quem saberia, como pouco ouvia, pouco se falavam chegavam dúvidas a cada encontro.
Que sensação enganosa, nada mais do que uma aventura e um sonho de menina adulta, um sonho de alguém que espera muito da vida, mas que nem sempre ela pode oferecer.
Várias vezes houve rompimento, depois quase meio ano de insistentes mostras de dedicação, tudo que parecia sólido, passou a ser quase um cotidiano.
Após- Não o que poderia ter acontecido cansaço ou o desprezo, ou quem sabe o desencanto. Partiu para a rejeição, uma forma de rejeitar alguém dizendo que estaria sempre na luta pelo dever do trabalho, não podia nem sequer conversar. Até duplicidade de msn estaria acontecendo- Mentira.
Sentindo-se rejeitada e só, partiu para uma explicação que não veio, não vieram as claras, e sim como uma desculpa sempre igual as outras. Insistente, preocupada com o derrubar de um muro, ocasionou destroços, crê que apenas no seu próprio coração, pedindo desculpas depois e conseguiu ser perdoada.


De temperamento difícil, ao mesmo tempo impulsiva viu algo que não lhe agradou em um programa comum a muitos, onde se define o comprometimento afetivo de alguém.
Via então o seu grande projeto de vida se desmoronar mais uma vez, depois de mais uma desculpa, dia anterior, mostrado a todos uma situação pessoal tão injusta de se ver, embora soubesse, pensou que fosse outra aventura no seu mesmo caminho. Daí, se desenrola um sentimento enorme de rejeição, de desamor, escreve dizendo coisas que certamente o feriu intensamente.

Uma ferida não cicatrizada, uma diferença de interesse, um pouco do se sentir lesado por tamanha ofensa, foi se a cabo o que injustamente não deveria ter escrito desta vez a sua impulsividade não foi evitada.

E hoje sem o perdão, sem uma só palavra, sem luz, sem ar, sem tudo, acabou-se o episódio e o sonho. Para que sonhar com algo que não se pode ter? Ele sempre disse, a palavra compromisso, inacreditável, para quem está nos programas sempre procurando se divertir com mulheres.

Foi assim que tudo aconteceu em fim, tudo se leva para outro campo, o campo do tempo passado, da história vivida, do término. Do sentir-se valorizado, sem ser, do pensar e acreditar na perfeição da vida.

Neyde de Aa. Noronha

terça-feira, 24 de março de 2009



O segredo
(Neyde Noronha)

Sessenta minutos
Poucos dias
Sonhos em demasia
Vida avessa
Quando só é solidão
Viver é coração

Sentir mas se perder
No instante
Na desigualdade
Na contínua incerteza
Perder o que já estava perdido
Na obsessão de sonhar
O impossível
Chega ao seu momento final
Sentido
Vivido
Tão claro
Mas desigual

Agradeço aos assinantes deste blog os elogios e a leitura que tanto me previlegia e analtece. Com o meu especial carinho a todos o meu abr...