domingo, 22 de junho de 2008



Responder


(Neyde Noronha)
O que posso responder depois de tudo?

O que posso dizer

depois que o baile acabou?


Os seus prazeres não são mais os meus

A repulsa de um coração ferido

Que teima em ousar os seus sentidos

Que teima em saber que a dor é demais.

Que veio bem devagar e se mostrou única?

Vou mais além

Nunca saberei dizer o porquê

De me envolver com uma paixão assim

Ciumenta e volúvel

Igual, nunca vivi.




Releitura abstrata


(Neyde Noronha)


No meu bairro encontrei uma moeda gótica

Abundante!

Louvei pelos franzinhos dias que passei.

Quando sentia-me numa solenidade da Inquisição

Em que os penitenciados abjuravam seus erros

Ou eram supostamente purificados pelo fogo

Com distinção colhi a planta arácea típica (vivaz e com a inflorescência protegida por grande espata branca)

Entreguei ao mouro e saí correndo, com imensa vontade de rir


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Agradeço aos assinantes deste blog os elogios e a leitura que tanto me previlegia e analtece. Com o meu especial carinho a todos o meu abr...