quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

SÓ NÓS
(Neyde Noronha)

Não fui dormir,
Apenas senti a vida lá fora
Fui sem saber como é que se faz amor ao relento
Ao sentir  o amor que vai embora
Reconheço o que é dar sem receber
Quero viver a plena forma
Os anos  chegam
Terei tempo, sim
Tu, eu ou eles...todos nós
Nós três...ou quem mais?
Nos desenlaces
Em laços inacabados
Que se desenlaçaram...
Em destroçados nós...
Só nós

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Verdade
(Neyde Noronha)

O amor ausente
que no infinito partiu
Pintora de telas
nostálgica emoção

Restam destroços
largados no jardim
Parte de sonhos desfeitos
e melancolias sem paz.

Procura sem alcance
Dor e clamor
Busca da verdade
que se escondeu

Se o mundo reconhece
o riso triste desta mulher.
Tua presença
jamais será aconchego
Mesmo que já esteja perto,
que a procure,
que a liberte da solidão.

Aquela tela crua,
personagem de um sonho.
já em cena, coadjuvante,
esboço de obras passadas,
está morta.

Coloriu o mundo.
Manifestou sua vontade,
Medíocre verdade
de quem viveu para esperar,
mas que te esqueceu.


(A partir de uma tela de autoria de
Neyde Noronha
Movimento Escultural/ Óleo sobre tela/1992)
TIETE
(Neyde Noronha)

Quero ser a tua marca...
Viajar pelos teus lábios com a minha língua.
Sentir o teu corpo se enroscando ao meu,
tua pele suada e quente.

Quero ser dona de tua mente
Conhecer o que ela sente
Daí, então,seguirei voando
sobre todos os cantos do mundo
d'entre nuvens cinzentas ou céu brilhante.

De andarilha viajante serei ave,
não a orgulhosa águia, mas,
a passarinha, e quem saberá,
a suave borboleta ou
a pipa colorida,
eternamente
apaixonada por ti.

*****


Te Matei em Mim
(Neyde Noronha)

Não li os jornais de hoje.
E, sei o que ontem aconteceu.
Idéias e ideais sempre tivestes.
Deixaste- me fazer o que fiz.
E o que desejastes...

Não enlouqueci ainda.
Orei por ti,
Roguei por nós,
Oremos em luto todos juntos, depois...
Não omitirei a verdade.

Haveria de mentir?
Amor desfeito é tudo isto.

Te matei em mim...


****
Pintura de Neyde Noronha- Barcelona2004
A sombra de um poeta
(Neyde Noronha)
Uma sombra segue o Poeta
Que não consegue desfazer
A mancha de uma dor
E o ferimento
Que ainda dói.
Visão que se apagou
Não pode e nem quer ver o brilho da própria luz.
Tuas feridas já são nossas...

Porque estás no coração de todos
Dos astros, de todas as estrelas...
Tão perto de ti
Que tentam te acordar
Poeta mais triste do que eu
Não queres viver
Não és artista,Porquê?

Não sabes fingir...

Sombra, se afasta
Do nosso poeta
Da dor que ele sente
Até que as cicatrizes se curem
Para sempre.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

VERDADES SOBRE RELACIONAMENTOS - Por "Oprah Winfrey"
Se um homem quer você, nada pode mantê-lo longe.
Se ele não te quer, nada pode fazê-lo ficar.
Pare de dar desculpas (de arranjar justificativas) para um homem e
seu comportamento.
Permita que sua intuição (ou espírito) te proteja das mágoas.
Pare de tentar se modificar para uma relação que não tem que
acontecer.
Mais devagar é melhor.
Nunca dedique sua vida a um homem antes que você encontre o que
realmente te faz feliz.
Se uma relação terminar porque o homem destratou você, mande ele
pro inferno, "esqueça!", vocês não podem "ser amigos". Um amigo
não destrataria outro amigo.
Se você sente que ele está te enrolando, provavelmente é porque
ele está mesmo
Não continue (a relação) porque você acha que "ela vai melhorar"
Você vai se chatear daqui um ano quando as coisas ainda não
estiverem melhores.
A única pessoa que você pode controlar em uma relação, é você
mesma.
Evite homens que têm filhos, com várias mulheres diferentes.
Sempre tenha seu próprio círculo de amizade, separadamente do
dele.
Coloque limites no modo como um homem te trata. Se algo te irritar,
faça um escândalo.
Nunca deixe um homem saber de tudo. Mais tarde ele usará isso
contra você.
Você não pode mudar o comportamento de um homem. A mudança vem de
dentro.
Nunca o deixe sentir que ele é mais importante que você, mesmo se
ele tiver um maior grau de escolaridade ou um emprego melhor.
Não o torne um semi-Deus. Ele é um homem, nada além ou aquém
disso.
Nunca deixe um homem definir quem você é.
Nunca pegue o homem de alguém emprestado. Se ele traiu alguém com
você, ele te trairá.
Um homem vai te tratar do jeito que você permita que ele te trate.
Todos os homens NÃO são cachorros.
Você não deve ser a única a fazer tudo...compromisso é uma via
de mão dupla.
Você precisa de tempo para se cuidar entre as relações. Não há
nada tão precioso quanto viajar.
Você nunca deve olhar para alguém sentindo que a pessoa irá te
completar...uma relação consiste de dois indivíduos completos.
Procure alguém que te irá complementar... não suplementar.
Namorar é bacana, mesmo se ele não for o esperado Sr. Correto.
Faça-o sentir falta de você algumas vezes... quando um homem
sempre sabe que você está lá, e que está sempre disponível para
ele, ele se acha...
Nunca se mude para a casa da mãe dele.
Nunca seja cúmplice (co-assine) de um homem.
Não se comprometa completamente com um homem que não te dá tudo o
que você precisa.
Mantenha-o em seu radar, mas conheça outros...
Dizem que se gasta um minuto para encontrar alguém especial, uma
hora para apreciar esse alguém, um dia para amá-lo e uma vida
inteira para esquecê-lo.
O medo de ficar sozinha faz que várias mulheres permaneçam em
relações que são abusivas e lesivas.
Você deve saber que você é a melhor coisa que pode acontecer para
alguém e se um homem te destrata, é ele que vai perder uma coisa
boa.
Se ele ficou atraído por você à primeira vista, saiba que ele
não foi o único.
Todos eles estão te olhando, então você tem várias opções.
Faça a escolha certa.
Compartilhe isso com outras mulheres e homens, você fará alguém
sorrir, outros repensarem sobre as escolhas, e outras se prepararem.
"Ladies, cuidem bem de seus corações... "

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

        Namorado é um vício

        Não adianta vir com chá,

        guaraná ou chocolate,

        eu só quero é namorar...

         (Neyde Noronha)
http://www.vidatransparente.com.br/antol_ciranda_dos_namorados.htm

quarta-feira, 24 de novembro de 2010


Nesta pedra em que me deito
e derramo a solidão
Faz-se dela meu leito
de um viver sem razão
Senti uma mão
era o grito de alguém...
Senti uma mão
vazia...
Sem impressão
Segurei-a e apertei-a contra meu peito
O que faz a solidão?...
Mão fria e indelével
que se quedou ao chão
Senti um olhar
era toque quente...
Senti um olhar
qual fogueira empedrada, jazente...
Olhar de pedra
com um brilho fugaz
onde tudo encerra
e a vida jaz
Senti o olfacto
de lagrimas caidas na terra...
Senti o olfacto
do óleo que escorre
da nossa guerra...
Essa guerra que encerra
qualquer tipo de bem querer
Insana e profana
Ergue mitos
Destrói humanos
Nela, mesmo assim
por uma vez
senti que era eu
entre os vultos ao longe...
Senti que era eu
teu timbre
anestesiado no horizonte

JC Patrão/Ianê Mello

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

"As ondas quebram-se nas areias, nas pedras e chegam com seu direito pleno aonde querem chegar. Que venham ondas do mar, eu as respeito, apenas quero mergulhar no seu véu azul e sentir o seu sal na minha boca, apenas receio que me afoge na sua imensidão".

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

                                                       Autor:  ILDO DE MOURA

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Viajes Astrales, Viaje Astral - Nueva Era 2012


Tienes que ingresar en leycosmica y unirte al Grupo "Proyecto Artemis", entonces solo tienes que leer las prácticas y realizarlas con seriedad. Un saludo.
leycosmica

terça-feira, 28 de setembro de 2010


Queria

Neyde Noronha

Queria que a minha vida

Fosse da cor dos meus sonhos

Para poder alcançar o passado

Que não volta mais

Seria tão infantil desejar

Caminhar pela primeira vez

Para não errar os meus passos

Sentir que ainda posso alcançar

Tudo o que desejava



Nada me impedia e alcancei

Mas perdi como os meus sonhos

Queria rever fantasias

Meu desejo de acreditar

No que não mais acredito



Minha vontade é ser serena

Tanto na vida como na morte

Fazer parte da natureza

Eternamente

Como aquela árvore podada

Que voltou a florescer.





Neydinha, de todos os dias, de belas manhãs,

foi levada pelos ventos e hoje esta menina,

de saudosos tempos, a encontro como Nan..

Olhei-a de perto, pensei ter feito um vôo cego,

mas não! A vi Neydinha, tão mulher, tão menina,

como outrora, minha amiga, que saudade, minha irmã!



Que este Ano Novo, que se aproxima,

seja de momentos muitos Felizes,

de Belas Produções e um Ano muito Doce!



Receba o abraço e beijo

desta tua amiga de ontem,

hoje e sempre,

Rivkah

FELICIDADES!

Envio bem antes para

dar tempo que se lembre de mim.





sábado, 25 de setembro de 2010

Óleo sobre tela, "Releitura Abstrata"-Vendido- Medidas0,50x0.50cms


Releitura abstrata
(Neyde Noronha)

No meu bairro encontrei uma moeda gótica
Abundante!
Louvei! Pelos franzinhos dias que passei.
Quando ainda sentia-me numa
solenidade da Inquisição
em que os penitenciados abjuravam os seus erros
ou eram supostamente purificados pelo fogo

Agora, com distinção
colhi a planta arácea típica
(vivaz e com a inflorescência protegida
por grande espata branca)

Entreguei ao mouro e saí correndo,
com imensa vontade de rir.

*********

                               Tela a óleo de Neyde Noronha.Título:" Movimentos esculturais" 1990
"A vida não é apenas isso.
O vazio que não é nada, nos faz sentir às vezes
como pessoas "Abandonadas".
Mas se olharmos para dentro de nós, sentiremos
que a nossa força ilumina o mundo.
Imaginem aqueles que se beneficiam com o nosso amor"

(Neyde Noronha)



********

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Óleo sobre tela/ Neyde Noronha-Data1997- Doação Vila Militar Rio de Janeiro
                                                                                  
                                                             Retalhos de mim




Neyde Noronha




Hoje chorei


porque percebi


que não sonho mais


Não amo mais , como amei.






Hoje percebi


que não tenho motivos,


nem objetivos


Que senti inveja dos beijos que vi


Do encanto do encontro.




Chorei porque entreguei na bandeja


uma cópia do que do que fui,


do que sou e do que ficou:


Retalhos de mim.





                                                                                 

MOEDA VENDIDA

Às vezes penso


Que sempre estive à venda


A troco das últimas esmolas


Esquecidas por um abade

Debaixo dum falso sudário rubro


Numa aldeia abandonada


Talvez valha os trocos


Caídos numa viela


Ao lado de um velho vagabundo


Que não chegou a ver o amanhã



Talvez uma moeda escurecida


Que rasgou teus bolsos


E se anichou numa bainha


Mal acabada


Do fundo da tua saia…





Talvez seja moeda de troca


De um tuaregue


De séculos passados


Infiltrada nas areias


Ainda escaldantes


Talvez valha


Um segundo perdido


Num relógio há muito parado


Ou uma gota de água


Congelada na ferrugem


Da torneira da crença…


Poderei valer


Um último gomo


Duma laranja apodrecida


Numa árvore


Que nem sei se já foi cortada…


Ou talvez ainda valha


A verdade enevoada


Da última mentira


Que contei a mim próprio


E acreditei…


Que me apaixonei


Por um reflexo


Numa noite de luar negro…


Sei que ontem



Caminhava sozinho num empedrado


E por entre sons e ecos


De passos meus


Pareceu-me ouvir um tilintar oco


Mas nem para trás olhei


Agora de bolsos vazios


Sei que era o som


Da minha última moeda vendida…


JC Patrão






quarta-feira, 25 de agosto de 2010

                                                                          

´Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.´ CLARICE LISPECTOR

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

                                                                                 
Ausente

o sono teima chegar...

Não sei se acredito

ver-te no luar...

Ainda durmo

de olhos abertos

mas penso

e viajo...

Viver no oásis

de um mar aberto...

Quem será o homem cinzento

que outrora vi?

Que me aconchega

numa poça isolada

do teu mar...

Neste deserto...

...naufragada em areias douradas

Nas ondas de cada monte...

Rastos perdi

pejada de memórias

que o vento leva

no disfarce de cada carícia...

Falsas inocências

que te despem...

Expõem o teu nu à flor da pele...

Explosões suspeitas de grandeza...

Flashes de visão

ofuscam o sono...

Retratos púrpura

no meu leito

isentos de beleza...

Náufragos...

Na noite

mesmo nela flutuando

ao sabor do desejo

sabes que esse Mar,

O império,

nunca será teu...

Nem meu...

Onde espero acordada...

Um beijo, TEU!

José Carlos Ps Patrão
JC Patrão / Ana P

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

                                      Meu mago, Silvio Lago

(Neyde Noronha)
Lembro-me
Naquela sala pessoas iam em busca de paz
Entro, sou convidada a me sentar
busco com o meu olhar as paredes
onde quadros de diversos estilos
me mostram que alí encontrarei o
meu recanto de paz.


Busco com o mesmo olhar, curioso
algo mais que me encanta
vejo um teclado, livros nas estantes
E, sentado ao meu lado,
um mago que ensina como descobrir
a luz no fundo de um tunel escuro.


Pergunta-me tantas coisas!
Respondo-as todas
Qual o meu hobby
e o que procuro em mim...
Falo das minhas dúvidas
da dor do desamor, das angustias
de tudo o que me aflige.


Penso que se talvez fosse aos verdes
campos algumas sementes.
Ele me deixaria nas mãos para jogá-las na terra.
E na hora da colheita a fertilidade
e a força da descoberta-
"Seria eu a cultivá-las todos os dias,
e hoje poucos passariam fome.
Nos feretros não faltariam flores
para acompanharem até ao leito eterno".


Digo ao Mago que gostaria de me destacar
nas artes e me aconselha:
- "Pincéis, tintas, materiais te levarão
a concretizar o seu desejo", disse-me ele.
Visitas a galerias, arte em redor de mim,
tudo muito rápido logo estaria
em um grande salão, rodeada por pessoas,
todas olhavam para as minhas telas e me faziam muitas perguntas.


Tons psícodélicos faziam com que
jovens chegassem perto, observassem ou
em discussão se indagavam diante
das telas o porquê de tanta fantasia.
Diversas
Toda a criação vinha como se insinuasse para mim
Servil, deixo os pincéis rolarem nas telas,
no caminho, na busca,
no encontro e nas soluções.

Vejo o mundo diferente, mudo estilos,
técnicas e mostro
aqui, alí, acolá, o potencial que nasceu de um hobby.

Mas aquela divindade me mostra como ser
alguém que produz.
Quando sonhava e não podia sonhar,
quando queria e não podia querer.

Se não fosse aquela visita em novembro,
tão bela descoberta não estaria
me fazendo companhia.
Quem segurou a minha mão, ficou na lembrança,
meu mago, meu mestre Silvio Lago.
Foi assim...

Silvio Lago Psicanalista, Pediatra, Poeta, Compositor, Músico
Mago dos Deuses


sexta-feira, 23 de julho de 2010

"Estou curioso em saber o que aconteceria
se a arte fosse subitamente vista
pelo que é, ou seja, a informação
exata de como é reorganizar
a própria psique para
estar preparado a enfrentar o
próximo golpe desferido por
nossas próprias faculdades ampliadas...
O artista está sempre envolvido em
escrever uma história detalhada
do futuro porque ele é a única
pessoa consciente da natureza do presente."
( Marshll McLuhan)


quarta-feira, 21 de julho de 2010

FUI PREMIADA
O poeta Naldo Velho lança no próximo mês de agosto mais um livro, desta vez na Sala de Cultura Lauro Alvim no Rio de Janeiro. E esta artista-poeta, foi premiada com a indicação para fazer a capa do livro. Fiquei radiante. Segue uma poesia do autor NALDO VELHO e um esboço do que será o livro.
Obrigado amigo...
E assim ele se manifestou
O LIVRO A DANÇA DO TEMPO ESTÁ FICANDO CADA VEZ MAIS BONITO, AGORA COM A GENEROSIDADE DE NEYDE NORONHA ARTISTA EXTREMAMENTE TALENTOSA, RESPONSÁVEL PELA FEITURA DA CAPA E CUJA OBRA GUARDA ENORMES SIGNIFICADOS EM MINHA VIDA.
OBRIGADO MINHA AMIGA
NALDO

  A DANÇA DO TEMPO

                                                                      Naldo Velho

Na dança do tempo, o descompasso das horas,
ainda é noite aqui dentro, amanhece lá fora.
A porta entreaberta denuncia a loucura
o silêncio das coisas aumenta a clausura.


Na dança da vida, o descompasso do tempo,
calmaria aparente, tempestade aqui dentro.
E a insônia insistente não quer ir embora,
coração ainda sangra, vez por outra ainda chora.

Na dança dos versos, poemas que imploram,
nostalgia que eu temo, inquietudes que afloram,
Um sorriso aparente, um café, um cigarro,
uma dúzia de rosas ressecadas num jarro.


Na dança das águas, beija flor foi pra longe,
voou bem depressa, se escondeu não sei onde.
Agora chove lá fora, secura aqui dentro,
as notícias que guardo são antigas, faz tempo.


Já são quase dez horas e a cidade nublada,
manhã fria de agosto, respiração afrontada.
O poema que nasce não diz o que eu quero,
não sei se desisto, não sei se te espero.







segunda-feira, 19 de julho de 2010


"Uma coisa boa sobre a música é

que quando ela bate você não sente dor.

sente sim o acorde de doces notas

que tocam vibrando no coração

lhe fazendo harmonicamente

sentir altas emoções."

(Herivelto Vega)

terça-feira, 13 de julho de 2010


PINTOR
(Neyde Noronha)

Pintor alma gêmea na busca, na inquietação.

No dia a dia, cheio de planos e projetos.

Pintor, pensador noturno que vagueia

na noite em busca de inspiração


- A boêmia, sua atração -


Pintor não tem nada para dizer

Quando chegar a casa de cabeça baixa

- Não, não irá madrugar -


Pintor deixa sua marca nos espaços

coletivos, na alma de toda gente.

Sente mais do que ninguém,

sabe o que é passado, o que é saudade,

felicidade e solidão.


- Pintor - Esperança -


Um tom a mais lhe transporta a

uma pincelada cheia de fantasia

-Isto lhe faz sorrir -


Viver sua vida, acampar na sua imaginação,

Na imagem de alguém que ficou

ou se foi, viajar nos sonhos,

Buscar o futuro ou estacionar no presente.


Pintor de alma pura

Não chora de saudade, não...

Vá descansar

Para sonhar acordado outra vez

-Amanhã -

*****
Foto: Painel pintado pelo artista- Ênio Pinalli
(Retida na net, sem contato com o pintor)

domingo, 11 de julho de 2010

           
Martha Medeiros: Em que você está pensando?

O silêncio da paz, do sossego, não deve ser interrompido por suspeitas

MARTHA MEDEIROS
mar­thamedeiros@terra.com.br

Estava no Rio participando de um evento, quando uma moça se aproximou de mim e disse: Gostaria de saber sua opinião: sempre que eu pergunto para o meu marido sobre o que ele está pensando, ele responde que não está pensando em nada. Isso é possível?.
Não, não é possível, respondi. Não é possível que você pergunte para o seu marido sobre o que ele está pensando. Você não tem pena do coitado?
Rimos, e trocamos de assunto.
O fato é que não é só ela. Muitas vezes compartilhamos o silêncio com alguém que amamos muito, mas o amor nem sempre é blindagem suficiente contra a insegurança, e aí aquele silêncio vai se tornando incômodo, aflitivo, até que, pra não deixar o caladão ou a caladona fugir para muito longe, surge a invasiva pergunta: "No que você está pensando?".
Pode acontecer durante uma viagem de carro, durante uma caminhada, até mesmo em frente à tevê: "No que você está pensando?".
Estava pensando se o bolo desandou por eu ter colocado farinha de rosca em vez de farinha de trigo. Estava tentando lembrar se foi o Robert Downey Jr. que fez o papel de Gandhi no cinema. Estava procurando entender como o elefante, sendo herbívoro, consegue ser tão gordo.
Como diria Olavo Bilac, certo perdeste o senso.
O pensamento é sagrado, o único território livre de patrulha, livre de julgamentos, livre de investigações, livre, livre, livre. Área de recreação da loucura. Espaço aberto para a imaginação. Paraíso inviolável. Se estivermos estranhamente quietos num momento em que o natural seria estarmos desabafando, ok, é bacana que quem esteja a nosso lado demonstre atenção. Você está aborrecido comigo? Está preocupado? Quer conversar? Está precisando de alguma coisa? Quem gosta de nós percebe quando nosso silêncio é uma manifestação de sofrimento ou desagrado, e nos convocar para um diálogo é uma tentativa de ajudar.
Mas durante uma viagem de carro em que está tudo numa boa e você está apenas apreciando a paisagem? Durante uma caminhada no parque em que você está observando as diferentes tonalidades de verde das árvores? Na frente da tevê, quando você está fixado na entrevista do seu cineasta preferido? Esse é o silêncio da paz, do sossego, e não merece ser interrompido por suspeitas. Sim, até pode ser que você esteja pensando, durante a viagem, que o relacionamento de vocês também já foi longe demais. E que o parque seria um belo local para um encontro clandestino. De preferência com o cineasta da entrevista, que você nem imaginava ser tão bonitão. Sim, pode ser.
Em que você está pensando?
Em nada, meu bem. Em nada.

Martha Medeiros
Fonte: http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/donna/19,206,2903181,Martha-Medeiros-Em-que-voce-esta-pensando-.html



Sonho

Neyde Noronha

Sonhei que vi alguém

Me chamando

Me dizendo coisas

Que nunca ouvir dizer



Como há muito não sonhava

Pensei que este alguém

tão imaginário

Calaria

O meu choro



Que nada

Acordada

Sonhei

Tentei

Pela segunda vez

Ele nada dizia

Nada falava

Acabava de matar

Alguém de amor.



Assustada

Jurei nunca mais

Pensar nele

Tomou o rumo

De sua vivência

Lá se foi - A última vez.
























_ descarnar o ódio, quisera..._
        anadeabrão merij

                                                         

o poema vocifera em meus lábios

não há fuga possível, ainda que habite distâncias

a barbárie desperta palavras contidas com suas esporas

fere o verbo escondido com suas afiadas lanças



quisera esconder-me num lugar de nome bonito

a buscar outras rimas, saídas da terra, brotadas entre hibiscos e magnólias

não aqui, posto que a bestialidade do homem se avizinha a polir ossos do ódio

nos destinos de mércias e elisas, neste luto brutal de todas as horas



quisera a morada de outrora , quando debruçada sobre o nada

cantava encarnações de alegrias

a jorrar dilúvios de poesias alvejadas

num rio de inaugurar magias



sim,

o silêncio era ontem

não este que me acende agora

imundo de ódio



hoje...

o silêncio da morte é quem me acorda

nestes versos sujos de sangue

tecidos na revolta



quisera descarnar os corpos dos assassinos

alimentar seus cães com suas almas pérfidas

e,

sem piedade ouvir seus gritos



oh! deus quisera...

o teu cajado, o teu juízo, a tua mais forte ira :

-para justiça da dor destas meninas!



anadeabrão merij

Agradeço aos assinantes deste blog os elogios e a leitura que tanto me previlegia e analtece. Com o meu especial carinho a todos o meu abr...