sábado, 31 de março de 2012


Pintura Neyde Noronha- Óleo sobre tela. Adquirido pela empresa FLORENSE

Isidro Beleza
À deriva

Uma vela rasgada
Um mar agitado
Nuvens no horizonte
Um olhar desolado
Um barco à deriva
Sem rumo e sem norte
Uma prece sentida
Um desejo de sorte...
Às ondas revoltas
Ciciam-se palavras soltas
No vento que passa...
Não há terra à vista 
Não há mão que afague
A tristeza que existe
Nem chama que apague
A fé que resiste
Ao desespero, à solidão
Àquele mar
À imensidão...
E fez-se dia!
Pela janela o sol espreitou
E me acordou...
Estremeci...
E ao ver-te ali
De felicdade... sorri.

(Isidro Beleza)

sexta-feira, 30 de março de 2012


Releitura Abstrata
(Neyde Noronha)

No meu bairro encontrei uma moeda gótica
Louvei!
Pelos franzinos anos que passei.
Quando,sentia-me numa
"Solenidade da Inquisição"
Em que os penitenciados abjuravam os seus erros
Ou purificados pelo fogo

Agora, com distinção
Colhi uma planta arácea típica
Entreguei a moura
Sai correndo

Com imensa vontade de rir
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Pintura- Neyde Noronha
Título: Diálogo Árabe
Ano de 2009
Óleo sobre tela
Propriedade de Cesar Martinz Velasco

terça-feira, 27 de março de 2012

NOITE
(Neyde Noronha)
Amiga sincera, companheira dos momentos em que medito. 
Te descubro as vezes
Sozinha, assim como eu

Serena ...

Quando te encontro.
 Lua, companheira constante 
Minha eterna harmonia 
entre a solidão e a melancolia.

 Companheira da noite
 Almas gêmeas
 Cuidem de mim. 
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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

                                                    Desenho feito por mim na década de 80... 
  Uma reflexão muito boa sobre mudanças, do "Livro Tibetano do viver e do morrer " 
 de Sogyal Rinpoche. 
 O seguinte poema fala a todos nós. Chama-se "Autobiografia em Cinco Capítulos".
 1) Ando pela rua Há um buraco fundo na calçada Eu caio Estou perdido...sem esperança. Não é culpa minha. Leva uma eternidade para encontrar a saída.
 2) Ando pela mesma rua Há um buraco fundo na calçada Mas finjo não vê-lo. Caio nele de novo. Não posso acreditar que estou no mesmo lugar. Mas não é culpa minha. Ainda assim leva um tempão para sair.
 3) Ando pela mesma rua. Há um buraco fundo na calçada Vejo que ele ali está Ainda assim caio.... é um hábito. Meus olhos se abrem Sei onde estou É minha culpa. Saio imediatamente.
 4) Ando pela mesma rua. Há um buraco fundo na calçada Dou a volta.
 5) Ando por outra rua.

Agradeço aos assinantes deste blog os elogios e a leitura que tanto me previlegia e analtece. Com o meu especial carinho a todos o meu abr...