segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

                                                    Desenho feito por mim na década de 80... 
  Uma reflexão muito boa sobre mudanças, do "Livro Tibetano do viver e do morrer " 
 de Sogyal Rinpoche. 
 O seguinte poema fala a todos nós. Chama-se "Autobiografia em Cinco Capítulos".
 1) Ando pela rua Há um buraco fundo na calçada Eu caio Estou perdido...sem esperança. Não é culpa minha. Leva uma eternidade para encontrar a saída.
 2) Ando pela mesma rua Há um buraco fundo na calçada Mas finjo não vê-lo. Caio nele de novo. Não posso acreditar que estou no mesmo lugar. Mas não é culpa minha. Ainda assim leva um tempão para sair.
 3) Ando pela mesma rua. Há um buraco fundo na calçada Vejo que ele ali está Ainda assim caio.... é um hábito. Meus olhos se abrem Sei onde estou É minha culpa. Saio imediatamente.
 4) Ando pela mesma rua. Há um buraco fundo na calçada Dou a volta.
 5) Ando por outra rua.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

‎"a poesia é a expressão da autenticidade dos sentimentos porque, em primeiro lugar e antes da verdade da razão está a verdade do coração".
Isidro Beleza
Isidro Beleza- O quadro (pintura? foto?) é lindíssimo! Quanto à "definição" - assim mesmo entre aspas, porque não existe, quanto a mim uma única, mas imensas "definições ou, melhor "estados de alma" expressas em diversas formas poéticas - foi o que considero UM MOMENTO FELZ.
No ocaso da vida... namorando 
 Amei, amei, amei... 
Perdidamente
Sem saber se era amor 
Se era paixão... 
Apenas sei 
Que aos sentimentos entreguei 
A minh'alma toda inteira 
Como se numa hora derradeira 
Não os pudesse reviver Intensamente... 
Ou como se amou e sentiu 
O amor primeiro 
E como se pensou Jamais pudesse existir 
Outro igual ou mais verdadeiro... 
Mas existiram e... existem! 
Outros amores, novas paixões 
Outras boas loucuras 
Em ardentes corações 
Frémitos de vida... de emoções 
De ternuras e sensações... 
Cada qual como se não houvera 
Ou tenha havido outro igual... 
Amores!... paixões!... 
Pobres daqueles que não as viveram 
Daquelas que nunca as sentiram... 
Com a mais profunda intensidade! 
Porque perderam o melhor de suas vidas 
Que será a mais pura felicidade 
Quando chegar a hora da partida 
O último adeus... A despedida 
(Isidro Beleza)

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Ando por aqui
(Neyde Noronha)

Ando por aqui, carregando telas
Traçando linhas

Fazendo de conta

Que a vida é boa

Quando nem sempre é...

No faz de conta
Volta a felicidade
O sorriso pleno
A risada feliz
O choro esquecido
A vida plena
A saudade vivida
A dor esquecida
E alegria de volta

A esperança
Se solta por aí

E eu estou por aqui...

Pintura Neyde Noronha "AMANHECER"

sábado, 28 de janeiro de 2012

Pintura de Maria Oliveira Pinto- Varinas 
Ovar/Portugal




 Varinas- Ovar VARINAS são Marias
 Neyde Noronha

 Mulheres que lutaram contra o regime ditatorial 
 Mulheres angustiadas
 Tantos anos de obscurantismo 
 Seus gritos não eram permitidos
 Nas suas veias corria o sangue do sofrimento
 Passaram-se 48 anos
 Seus filhos Irmãos
 A temida tropa
 Alguns não voltaram 
 Não havia esperança
 A emoção crescia ao longo destes anos 
 Nada conseguia apagá-las  
Varinas são Mães
 Varinas são Marias 
 Depois do dia 25 de Abril 


 Maria quer pintar
 Maria quer dizer
 Maria quer gritar 
 Maria não quer sofrer 
 Maria quer liberdade 
 Maria quer amar.
 Maria, Maria, Maria... 

-------------------------------------------------------------------------------- 25 de abril de 1974 
 Esta é a madrugada que eu esperava.
O dia inicial inteiro e limpo 
Onde emergimos da noite e do silêncio 
E livres habitamos a substância do tempo 
 Sophia Mello Breyner

Quem sou

Às vezes penso que não sou
Às vezes tento me conhecer 
como conheço as aves, 
o calor das areias quentes
de uma praia do litoral.

Quem sou 
que caminho nas tardes a beira mar
que vejo o sol ao entardecer,
que em noite de escuridão
sou sombra de mim mesma
e me escondo, temendo amar 

Neyde Noronha


E a manhä que chega
Um Anjo então seria
ou uma fada cantante,
continuaria a desafiar
o solitário homem

Sua harpa soa, lindamente
Declame os seus verso
porque deles faço meu canto.
Estará tudo pronto para constantes sonetos

Delírios de sonhadores,
que alongam o amanhecer
Nesta madrugada não mais tão fria, com você

(Neyde Noronha)

Agradeço aos assinantes deste blog os elogios e a leitura que tanto me previlegia e analtece. Com o meu especial carinho a todos o meu abr...