sábado, 4 de junho de 2011

                                                     ......................... De Repente
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                                                                  Neyde Noronha

Quero ficar, mas não posso.
Medito para não chorar.
Assim, tão de repente,
uma parte de mim quer ir, 
a outra quer ficar.
Tantas idas sem volta,
regressos vão e vêm,
bem ou mal são regressos,
procura de acertos esquecidos.

Mão no peito, choro.
Agarro a dor sentida
que procuro entender no silêncio;
e assim, tão de repente, chega à despedida.

(A minha homengam póstuma a Cássia Eller)
                                                                      Procuro
                                                                  (Neyde Noronha)
Quero negar a mim mesmo
Em delírio
 Em suposta depressão
Onde estará aquele que me fez sair de mim
Soltar as amarras que me prendem a razão?
Investi na miserável maneira de acreditar
- Oh! Que vida me faz ser assim!
Levar avante mais um sonho perdido
Quisera nunca ter acreditado
No mesmo delírio
No infortúnio de amar sem ser amada
Chego de outros sonhos cansados e tristes
Olho para os lados
Adiante
Não o vejo mais
Perdi mais uma vez
Talvez...
O que nunca foi meu

No canto dos pássaros do amanhã
Penso jamais procurar
O que mais falta em mim.

29/01/2007

Agradeço aos assinantes deste blog os elogios e a leitura que tanto me previlegia e analtece. Com o meu especial carinho a todos o meu abr...