sábado, 1 de setembro de 2007


Minhas pinturas


A Primavera está chegando, com ela novas esperanças.
Desejo muito que o meu coração tenha novas certezas e que possa renovar-se para melhor, a cada instante.
Quero muita Paz, Sabedoria, Saúde para os meus Filhos.
Além da Bondade que procuro no Seres Humanos e a Compreensão que tanto desejo para aqueles que não me compreendem.
Lembranças de Criança
(Neyde Noronha)
Foi na primavera que ela nasceu, um pouco tímida, mas comunicativa. Sempre foi o patinho feio, dentuça - Era chamada de coelhinha...Não se sentia triste e nada levava a sério . Fazia teatrinho no caminho da garagem e chamava o Dr. Oscar com sua família -Eram convidados especiais além de quase toda a vizinhança.
Criança esperta aquela menina sempre a inventar. Tinha uma gaita que tocava para distrair os pais no banco traseiro do carro. Acordeom, piano e vilão- Tudo tirava de ouvido mas logo desistia pois pensava que tudo sabia .
Ao se deitar, olhava embaixo da cama para ver se tinha alguém Beijava todos os santinhos da casa.
Andava de bicicleta por todo o bairro e brincava de pega e esconde.
Certo dia, já adolescente de saia justa foi a Missa de de domingo a caminho da igreja , pela avenida onde morava, e passa um caminhão quando todos gritaram : " Salsicha" por ser muito magrinha.
Nunca deixou de ser vaidosa. Olhava-se no espelho várias vezes ao dia. Sentava-se perto do muro do jardim todas as tardes, esperando alguém para conversar.
Nos estudos sempre fez o possível e nenhum período perdeu.
No ônibus escolar ganhou o prêmio de bom comportamento, mas preferia o banco traseiro por ser o lugar da bagunça e do bate papo.
Tinha o hábito de vender santinhos para cativar as freiras do colégio. Desenhava muito e rabiscava os cadernos, copiava as meninas do Alfeu. Em sala de aula desenhava as colegas. Com seus perfis e boquinhas espertas...
No seu baile de quinze anos, não queria festa, mas na última hora um grupo de amigos foi convidado pelos seus avós. A festa só terminou quando o seu avô, disfarçadamente, desligou a vitrola.
Dançou o" Brasileirinho" com o fotógrafo, e nunca mais se esqueceu dele - Seu primeiro par e a valsa com o tio Serafim que chegou de São Paulo. E, tudo sempre foi festa para esta criança feliz.

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terça-feira, 10 de julho de 2007

ITACOATIARA (Neyde Noronha)

Sinto-me tão feliz
Onde o meu canto pode ser ouvido
Meus versos sentidos
E. aqui estar
E. estar feliz

Neste canteiro de flores
Em cada estação
Tudo me faz recordar
Que algum dia você habitou
Neste jardim florido

Veio o amanhecer.
O seu despertar
Neste jardim de flores
Você nasceu

Neste jardim de flores
Você cresceu.

Neste jardim florido
Tornou-se homem
Neste paraíso tão lindo
Te dei nome.
Singelas lembranças

Itacoatiara
Paraíso
Que o tempo me ofereceu.
Sou feliz aqui
Meu filho,
Neste pedacinho de terra


Seu paraíso
Seu berço eterno
Campo dos seus sonhos
Campo que me seduz.
Aqui nasceu a esperança
Aqui nasceu a luz.

(Dedicado ao meu filho
Gustavo de Noronha Dzelme)

Loucura
(Neyde Noronha)

Distante, indiferente
trouxe vida e se afastou
Passou por perto
disse até logo, prometeu voltar,
não voltou.
O tempo passou
O prazo findou
Não veio a vida
Não veio o amor
O encanto criou nós
em sonhos esmagados
pelo desejo que se foi.
Sentimentos profundos
Noite e dia
Dias e noites em vão
Solidão, tempo, vácuo sem fim
Compreender, impossível
Sonhar nunca mais
Viver outro sonho, loucura!
Adeus amor...

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sábado, 7 de julho de 2007


Imagem da Felicidade


(Neyde Noronha)

Sorrisos na chegada

Tristeza na partida

Páscoa de 2002

Surpresas

Alegrias

Festa no coração

Alexandre, meu filho

Vai e vem...

Andarilho a trabalho

Desde cedo sente o mundo

Primeira despedida aos 13 anos

Mãe em depressão-Canadá em jornada de sete meses

A primeira...

Desde então, viagens e mais viagens

Seriedade ao encarar a vida

Aventura e trabalho

Caminham juntos com você.

Meu andarilho, viajante segue o seu caminho determinado

Vai e vemSeguro, com muito amor

Saudades de sua Mãe.


(Dedicada a meu filhoAlexandre de Noronha Dzelme)


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Ilusão


(Neyde Noronha)

Sinto a ilusão de uma vida perdida no vazio

de um sonho que não se realizou.

Passado e futuro,

esqueço o presente,

com vontade de sonhar

com uma noite linda, sem o ar quente que aquece a minha boca,

cala a minha voz,

sufoca o meu coração


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Terrível dia!
Lembranças não se apagam
Veias contorcidas de dor e ódio
Ópio, álcool, caminham juntos
Mulher sem defesa
Amor no sentimento
Mágoa que machuca
Coração aflito
Partido de dor
Fuga, nada adiantou
Esquecer nunca
Medo do inevitável
Continua
Acorrentado se entregou
Tantas dores
Sofrimentos
DúvidaPorque?
Olhos lacrimejantes
Diz: Amanhã trabalho
Hoje, a dor de quem sofre lembranças, pancadas
Acreditava ter visto estrelas, dentro das retinas
Serão os anjos, que acompanham a dor sofrida?
SoluçãoNenhuma
E, do nada, a vida se esmorece
Mais triste a cada dia
Menos vida
Menos alguém
Talvez,
talvez, eu...
(Neyde Noronha)
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História de Maria
Quando conheci Maria
desconheciasua dependência
Tão faceira e cuidadosa resolveu se tratar
Não quis mais fumar sequer um cigarro
" Tentei"- disse- me ela
Fez de tudo
Até terapia
Os dedos roia
Ficava com fome
Mascava chiclete
Mordia o lençol
Mas a sua solidão aumentava
Maria coitada quase sem unhas
Faceira como sempre
Descupava-se a si mesma
Fumar menos, não deu certo
Tornou-se fumante, de cigarro apagado
Contudo, não sente mais o seu próprio cheiro
Não vê o maço
Senta-se na cama como num jazigo
Trêmula, seca e curvada
Sempre a tossir
Noite inteira
Engasga-se
Agora, sozinha
Na mesma solidão.
(Neyde Noronha)
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Guarda a minha Paz
Com amor no coração
Preencho a minha vida
E cada momento é uma festa
Sua voz ao meu ouvido
Palavras carinhosas
Sons reservados para mim
Caminho com você
Fecho os meus olhos
Vejo a face de um amor constante
Que guarda a minha paz
(Neyde Noronha)
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Agradeço aos assinantes deste blog os elogios e a leitura que tanto me previlegia e analtece. Com o meu especial carinho a todos o meu abr...