sábado, 27 de outubro de 2007



Descompassos
Belvedere Bruno

Vivo manhãs de sol que não mais refletem o antigo brilho, desfolho flores que se despiram das cores de aquarela, e sombras insistentes me envolvem , desde que, numa fração de minuto , ele se foi, sem proferir palavras, sem acenar adeus. Pôr-do-sol sem poesia, ondas do mar revoltas, como meu coração. Pássaros que já não mais me despertam com seus cantares. Vazio... Nada espero, mas não me aquieto, imersa na tortura de saber-me esquecida. Esperança sempre me pareceu coisa sem sentido. Restam-me, então, lembranças de carinhos, de mãos que sempre traziam calmarias. Nunca mais! Dói a saudade, mas nada peço aos céus, senão que cerrem, de uma vez por todas, as cortinas de uma vida, agora sem sentido, monocromática, sem amanhãs. O que foi feito da alegria que teci amorosamente para os dias que nunca chegariam a existir para nós? O orvalho se mistura às lágrimas quando, subitamente, vislumbro estrelas que se misturam ao convite inebriante do bailado das ondas do mar. Simulo vôos. Chegarei a algum lugar.
belvedere
Publicado em 27/10/2007 às 13h31

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9:24 PM, 22/10/2005
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Cubra-me de ternura,
aqueça-me com carinho,
abraça-me com desejo,
beija-me com afeto,
dispa-me com calma,
revele-me com prazer,
acaricie-me com vontade,
morda-me com sedução,
quero ser teu inteiro,
sem perder a emoção,
para que no meu tesão,
possa percorrer teu corpo,
com beijos molhados,
descobrindo teu ser,
a cada beijo dado,
dos pés à cabeça,
como somente tu permites,
compreender a essência,
de te preencher,
com paciência,
de amor...

Gil M C Veiga

domingo, 21 de outubro de 2007




Olho o horizonte
Como quem olha a despedida
Vejo tantos desencontros

Que receio olhar...

Qualquer pensamento ao ver o infinito
Me faz lembrar a longa caminhada
Que terei que fazer para chegar a ti.

Neyde Noronha
20/10/2007

sexta-feira, 19 de outubro de 2007


... e caso o horizonte nos falhe, inventar um cais em cada lágrima
Gilia Gerling
Foto e texto

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Nem imagina como quero...
(Neyde Noronha)
Não sei se você pode entender
Algum tempo
Tentei
Um poema a cada dia
e o seu olhar
Quero
Desejo
Com coragem
Com vontade de acertar
Nem imagina como quero
Quero tanto que ouso pedir
De dizer, que estou aqui
Que desejo lhe falar
ou telefonar
Pressinto
Algo em você
Que me desperta
A vontade de conhecer
O poeta
Que sempre sonhei namorar
2/3/2006
********
Não olhe para trás
(Neyde Noronha)
Na hora que você sair
Desligue a luz
Feche a porta
Não olhe para trás
Quem quer partir
Sente vontade
de se esconder
De não ser visto mais
Mas antes me peça perdão
Agradeça a vida que lhe dei
Diga Adeus
Pela última vez
Não volte , nunca mais
********
Abstração- Neyde Noronha-óleo sobre duratex


Na solidão do pintor


(Neyde Noronha)

No vazio
Formas

Manchas inconscientes
Ficam na mente


Aprendiz de cores
Alquimia

Translúcida mistura
Passado e presente

Dia quente
Vermelho

Tom sobre tom
Deslizam pincéis

Pensamentos
Vão e vêm


Silencío
Tarde, noite

Busca de mim
Perto ou distante

Encontro de formas
Abstração

Fíguras, símbolos, magia
Alquimia
Foi contigo
Relevos
Matéria viva
Que explodia

Olhando para o céu
Sensações

Motivos diversos
Desenham-se noite e dia

Na solidão do pintor


*****
Nada que faltasse
(Neyde Noronha)
Talvez sonhasse demais
Não via o grande espaço
Nada que faltasse
Vitórias
Regalos dos mais belos
Infinitas ofertas
Sonhos puros
Uma galeria de arte
Um amor constante
Uma vida igual aquela
Não vale correr atrás
Sozinha
Nesta solidão
Aonde ficaram os sonhos
Não os encontro mais
16/12/2006

domingo, 7 de outubro de 2007

ZWANI.com - The place for myspace comments, glitters, graphics, backgrounds and codes
Recados de Poemas para Orkut

Minha verdade

(Neyde Noronha)

A melancólica emoção

E uma saudade infinita
ficaram no meu ser

Em destroços largados
Pedaços de sonhos desfeitos
Sem paz


Se em teu mundo me encontrar
Meu riso triste verá
Se me procurar, me liberte


Talvez em telas
Me encontre
Como personagem de um sonho
Coadjuvante
Desenhada em obras medíocres

De um passado
E a minha forte paixão
Em cores apagadas
Saudade
Porque sem ti
Não posso colorir o mundo
Apenas, um manifesto:

"Que a conserve para nunca me esquecer"


*****

Mira Traçada
(Neyde Noronha)

Serei injusta

Serei omissa

Posso me arrepender

Mas, deixemos pra lá

Entendo tudo e nada mais

Me restou você

Mesmoo assim, quer descansar


Mira traçada

Ofício de retirante

Que sabe bem dizer

Poeta sedutor

Moço bonito

Em breve retirada

Vai deixar saudade

Em quem

Vai ficar


*****

Meu perfume ideal
(Neyde Noronha)

Não me preocupo
Com os suspiros

Nem com o que sentirão
Quantas haverão de o desejar

O seu sonho
Também é meu
O cheiro de jasmim
Chances de perfumar sua vida
Por ser a minha flor preferida
Meu perfume ideal

É verdade!
Plantado no meu jardim

Vai florir

Eu
Com a vantagem
De ser a mulher
Que vai lhe fazer feliz.

********


domingo, 30 de setembro de 2007

"A Salvação do planeta depende de nós"
Almas criativas que não se conheciam, distantes, em épocas diferentes se encontram no tema, na busca, no sentimento, na força e no desejo de um mundo melhor
Neyde Noronha

SAVE ME
Pintura a óleo de Neyde Noronha-2007

S.O.S

Rascunho de Gilia Gerling
Neyde,
A reciprocidade de sentimentos é algo indescritível e
impossível de explicitar, tamanha a infinitude do aconchego
que a alma da gente recebe, quando o vai-e-vem de palavras e imagens
começam a acontecer.
O "SAVE ME" é divino e pertubador. Não há como deixar de
pensar na salvação do planeta e de nossos planetas interiores.
Há um grito em tudo, não achas, Neyde? Até as árvores
que vemos todos os dias, parecem nos pedir ajudar para
suas companheiras em extinção.
É preciso cantar, em defesa do nosso planeta.
É preciso cantar em qualquer instante.
Por mais que eu esteja escrevendo aqui, também te digo que
estou muda!
Abraços poéticos, assim virtuais, emocionam e calam.
Envio anexo um arquivo de áudio do WMPlayer.
Não sei se abres aí.
Mas quis te mandar pois é uma gravação (só áudio) da
linda música de Elgar, Pompa e Cirscunstância nº1, e que estou
regendo a orquestra sinfônica da PUC.
Essa gravação é de 2000 e foi um CD lançado com muito
sucesso. Gosto desta peça e adoro regê-la.
Dizem os meus músicos que pareço que vou enlouquecer...
Mas estou te mandando pois é uma música de movimento,
cores, tormenta e paz.
Um dia ainda vou conseguir passar para DVD e te mandarei.

Continuemos, Neyde! A vida fica mais fácil de viver!
Abraço honesto,
Gilia

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Relógio-Salvador Dali

Dá-me um só momento

Me dê tempo
Tanto tempo se foi
Que hoje nem me lembro
Apenas senti
Quando esperei e naquela manhã, você não veio

Desde então, muitas evasivas
Uma dia após outros
Os seus dias correm mais do que os meus
São horas intensas, sei
Penso em cores, vivo eu
Sente letras, marcam de vidas, vive você

Quanto foi bom lembrar e agora tentar esquecer
Vejo facilmente em feed-baak
Mas valeu a pena
Para um só alguém

Um dia após o outro
Partidas para o retorno ao abraço amigo
Sentimento universal
Não sei se o que possa ser
Não sei se é apego

Não sei se é o costume de estar por perto
Só sei se adorar é coisa muito séria no coração
De um Anjo, de uma Mulher, de um animal de estimação.
Eu adoro o meu cãozinho, mas posso deixá-lo com alguém
Porque confio nele
Em alguém para cuidá-lo
Sei emprestá-lo mas não o dou a ninguém.
Se o adoro tanto assim.
Para que doar quem adoramos?
Assim sempre reflito e penso sobre alguém
*****

Neyde Noronha

21/9/2007

quinta-feira, 20 de setembro de 2007


"Movimento de Amor"

Neyde Noronha

Da impiedade se fará justiça

Vela teus próprios sonhos

Tudo se revelará

Impiedosos serão punidos

No templo colorido das flores

Na primavera que chega

No ambiente do nosso leito

Não vamos deixar empobrecer

A nossa cultura

O nosso berço

Nossos sentidos

Vamos omitir por momentos

Sentir o inexistente

A verdadeira vida que merecemos

Nestes dias tão pobres

Nestes momentos de dor

Vamos lutar pelo

" Movimento de Amor"


********
Enigma


Tantas horas olhando para ti, pensando em ti e ainda não te entendo, talvez um enigma a ser descoberto, revisto, repensado e até mesmo por exigência dos meus próprios cuidados, corrigido-os. Tenho procurado tanto, outras abstrações ocultas em minha mente que vão se desvendam aos poucos, que desnuda-se a cada pincelada, a cada traço, apenas para apenas para dar um sentido que talvez nem saiba eu o quanto desejo avaliar- A qualidade das cores existentes, as gamas que se misturam, os dias que perdi pensando em retoca-las ou mesmo com um costumeiro impulso de desmanchar tudo de só uma vez e refazer de novo. E trazer toda a beleza de minha "alma colorida" para dentro da tela. E esta tela não é senão alguém que tento explorar.
-Devo dar um tempo em mim, menos insistente, melhor, assim, pintarei outras cores, amadurecida, talvez, mais, se não conseguir..."tolice minha". O verde e o azul sempre foram sinais de minha imaturidade, assim disse o meu analista no dia que o abandonei, de vez.
Sempre disseram que o verde atrai a esperança, o lilás da harmoniosa a paz que é tão linda. Eu misturo o lilás com o vermelho e o cobalto e um puco de branco
Tudo junto uma sempre será uma festa de cores suaves. Tão suave como a minha pele que sem o verde da esperança, me calo, me dou aquele tempo, uma privacidade que posso ter, sofrer, sorrir, e esperar.
"Só ele poderá dizer, sim, não ou calma...o Lilás vai lhe fazer muito bem ou como gentleman, " Beleza, Parabéns"

Neyde Noronha
19/9/2007

sábado, 15 de setembro de 2007

Neyde Noronha



Existem pessoas que se corroem por suas tendências, suas escolhas e suas verdadeiras virtudes presentes na justiça, na moderação e moderação e transcedência dos valores que a auto estima e autonomia dos dias de hoje e o sistema treinam e condicianam a própria vida.
Quem é você e o que a sociedade quer que você seja, ou o que você quer- As suas escolhas.

Escoha o que o seu proprio coração lhe diz e a cada momento, segundo a segundo pratique a sua própria vida. E se pergunte, quem é Você?

Neste interim me pergunto, quem sou eu, e estou aqui me perguntando quantas léguas de pensamentos perdi pensando em alguém, fazendo planos, mesmo que não fossem planos para a longo prazo, mas para momentos e este momentos se escaparam como se fossem pequenos grãos que, em minha mão, entre os meus dedos foram se escapando e de repente, sairam de mim, sem que percebesse, sem que fosse fraca, porque sentia-me forte, segurando com força e segurança talvez pela primeira vez na minha vida, aqueles grãos que cultivei ao longo de bons mas poucos anos-Eram grãos quer pareciam férteis, sentia. Pois não pareciam fracos, sentia-os forte.
Hoje, a perda de todos os pequenos pedacinhos que ainda restaram largados no chão, penso em resgatar, mas temo e ao mesmo tempo tento segurar e penso na esperança, na esperança e na certeza de que germinarão como da outra vez, porque seguro com força tudo o que desejo, e certamente estes grãos férteis de certeza, embora tensos e inseguros tantas vezes tratados em campos diversos, com o passar do tempo, têm vigor ou a coragem de antes.
O que o impede de voltar para perto de meu campo de germinar? Gostaria tanto saber. Sem vigor, sem algo que possa ser mais proximo, o que poderão fazer sozinhos, se tem quem lhes acolhe todos os dia ao amanhecer, ao anoitecer em momentos onde a ventania devastadora espalha por toda a terra e separa seus diversos sémem por todos os lados.
O que posso dar, horas de calor, de sol, de afago, cobrir de calor os poucos momentos nas minhas mãos e deixá-los espalhar-se ao chão?
Assim seria, não bastaria um coração apenas para sentir o que a minha natureza sente sozinha se todo ou universo que conspira para que a Lei seja cumprida.
Eles, unidos os grãos para todos dirão,sempre.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007


Sou alguém na escuridão, no amanhecer de um lindo dia, na tarde, num dia de chuva ou numa noite de tempestade. Não tenho medo de nada. Só não gosto do vento, mas o suporto porque ele passa. Sei que volta, as vezes brando, as vezes forte, ou mais forte por isto deixei de dar tanta importância a ele. Pois se tornados, furacãos eles são crueis, portanto, ignoro-os sempre, para que nunca cheguem perto, daqueles que amo- De pessoas ou animais que Vivem.
Neyde Noronha

sexta-feira, 7 de setembro de 2007


Mentira
(Neyde Noronha)
Pecado capital
Desequilíbrio
Tua verdade-A meia face
Que nunca existiu.
Teu esconderijo, na falsa escuridão
Respostas evasivas
No degrau de uma escada

O que te faz sentires senhor
Plantas que arrancas
Flores que não cultivas
Enganas!
Jogas-as na tua própria escuridão
Largas paixões, quase sem vida
Enganos apunhalados

Morrem-se os sonhos
Aa vida e a beleza de uma mulher
Em desejos espalhados pelo espaço
Tinhas razão

Não merecias viver
*****

domingo, 2 de setembro de 2007

Desenho em pastel sobre papel canson Neyde Noronha

Meu Índio

Estou por aqui, esperando por você
Disponível para surpreendê-lo
Quem sabe, desejando sua presença
Estou por aqui
Esperando novembro
Disponível com o meu sorriso
Quem sabe, com a minha vida!
Sabemos viver melhor se nos encontramos
Que tal, você meu Índio
Sua Índia eu sou
Sua liberdade não é minha
Enquanto me deseja
Minha liberdade é sua
Na vida tudo o que faço
É esperar por você
(Neyde Noronha)
*****
Melancolia




(Neyde Noronha)
Uma árvore foi podada
Sem vida, tombou
No campo fértil da Vida
O vazio fez guarida
A melancolia se alojou.
********

sábado, 1 de setembro de 2007


Me chamam DeColores
(Neyde Noronha)

Cheguei bem perto de ti

Com muita vontade fiquei.

Pintei a primeira tela

ao amanhecer

Escrevi poemas

ao entardeder

Aqui chego

fico até a noite

Mostro ao mundo com letras

formas

meus risos

minhas dores

Mas confesso

sem pretensão

sem modéstia

ou discrição

Que me chamam DeColores

Manhã que chega
(Neyde Noronha)
A lua ainda ilumina o meu quarto
Sinto frio e solidão
Vejo uma estrela
Penso que me espelho nela
Mas não sou eu, é você
Abro a janela
Converso
Pego o meu violão e canto
Som bonito
Canto maduro
Voz manhosa, sussurro
Está a amanhecer

Você dá o seu lugar ao Sol
Pela manhã que chega
Uma vez mais
Outra vez, enfim
Vai se esconder de mim

*****

Minhas pinturas


A Primavera está chegando, com ela novas esperanças.
Desejo muito que o meu coração tenha novas certezas e que possa renovar-se para melhor, a cada instante.
Quero muita Paz, Sabedoria, Saúde para os meus Filhos.
Além da Bondade que procuro no Seres Humanos e a Compreensão que tanto desejo para aqueles que não me compreendem.
Lembranças de Criança
(Neyde Noronha)
Foi na primavera que ela nasceu, um pouco tímida, mas comunicativa. Sempre foi o patinho feio, dentuça - Era chamada de coelhinha...Não se sentia triste e nada levava a sério . Fazia teatrinho no caminho da garagem e chamava o Dr. Oscar com sua família -Eram convidados especiais além de quase toda a vizinhança.
Criança esperta aquela menina sempre a inventar. Tinha uma gaita que tocava para distrair os pais no banco traseiro do carro. Acordeom, piano e vilão- Tudo tirava de ouvido mas logo desistia pois pensava que tudo sabia .
Ao se deitar, olhava embaixo da cama para ver se tinha alguém Beijava todos os santinhos da casa.
Andava de bicicleta por todo o bairro e brincava de pega e esconde.
Certo dia, já adolescente de saia justa foi a Missa de de domingo a caminho da igreja , pela avenida onde morava, e passa um caminhão quando todos gritaram : " Salsicha" por ser muito magrinha.
Nunca deixou de ser vaidosa. Olhava-se no espelho várias vezes ao dia. Sentava-se perto do muro do jardim todas as tardes, esperando alguém para conversar.
Nos estudos sempre fez o possível e nenhum período perdeu.
No ônibus escolar ganhou o prêmio de bom comportamento, mas preferia o banco traseiro por ser o lugar da bagunça e do bate papo.
Tinha o hábito de vender santinhos para cativar as freiras do colégio. Desenhava muito e rabiscava os cadernos, copiava as meninas do Alfeu. Em sala de aula desenhava as colegas. Com seus perfis e boquinhas espertas...
No seu baile de quinze anos, não queria festa, mas na última hora um grupo de amigos foi convidado pelos seus avós. A festa só terminou quando o seu avô, disfarçadamente, desligou a vitrola.
Dançou o" Brasileirinho" com o fotógrafo, e nunca mais se esqueceu dele - Seu primeiro par e a valsa com o tio Serafim que chegou de São Paulo. E, tudo sempre foi festa para esta criança feliz.

******

terça-feira, 10 de julho de 2007

ITACOATIARA (Neyde Noronha)

Sinto-me tão feliz
Onde o meu canto pode ser ouvido
Meus versos sentidos
E. aqui estar
E. estar feliz

Neste canteiro de flores
Em cada estação
Tudo me faz recordar
Que algum dia você habitou
Neste jardim florido

Veio o amanhecer.
O seu despertar
Neste jardim de flores
Você nasceu

Neste jardim de flores
Você cresceu.

Neste jardim florido
Tornou-se homem
Neste paraíso tão lindo
Te dei nome.
Singelas lembranças

Itacoatiara
Paraíso
Que o tempo me ofereceu.
Sou feliz aqui
Meu filho,
Neste pedacinho de terra


Seu paraíso
Seu berço eterno
Campo dos seus sonhos
Campo que me seduz.
Aqui nasceu a esperança
Aqui nasceu a luz.

(Dedicado ao meu filho
Gustavo de Noronha Dzelme)

Loucura
(Neyde Noronha)

Distante, indiferente
trouxe vida e se afastou
Passou por perto
disse até logo, prometeu voltar,
não voltou.
O tempo passou
O prazo findou
Não veio a vida
Não veio o amor
O encanto criou nós
em sonhos esmagados
pelo desejo que se foi.
Sentimentos profundos
Noite e dia
Dias e noites em vão
Solidão, tempo, vácuo sem fim
Compreender, impossível
Sonhar nunca mais
Viver outro sonho, loucura!
Adeus amor...

*****

sábado, 7 de julho de 2007


Imagem da Felicidade


(Neyde Noronha)

Sorrisos na chegada

Tristeza na partida

Páscoa de 2002

Surpresas

Alegrias

Festa no coração

Alexandre, meu filho

Vai e vem...

Andarilho a trabalho

Desde cedo sente o mundo

Primeira despedida aos 13 anos

Mãe em depressão-Canadá em jornada de sete meses

A primeira...

Desde então, viagens e mais viagens

Seriedade ao encarar a vida

Aventura e trabalho

Caminham juntos com você.

Meu andarilho, viajante segue o seu caminho determinado

Vai e vemSeguro, com muito amor

Saudades de sua Mãe.


(Dedicada a meu filhoAlexandre de Noronha Dzelme)


*****

Ilusão


(Neyde Noronha)

Sinto a ilusão de uma vida perdida no vazio

de um sonho que não se realizou.

Passado e futuro,

esqueço o presente,

com vontade de sonhar

com uma noite linda, sem o ar quente que aquece a minha boca,

cala a minha voz,

sufoca o meu coração


****
Terrível dia!
Lembranças não se apagam
Veias contorcidas de dor e ódio
Ópio, álcool, caminham juntos
Mulher sem defesa
Amor no sentimento
Mágoa que machuca
Coração aflito
Partido de dor
Fuga, nada adiantou
Esquecer nunca
Medo do inevitável
Continua
Acorrentado se entregou
Tantas dores
Sofrimentos
DúvidaPorque?
Olhos lacrimejantes
Diz: Amanhã trabalho
Hoje, a dor de quem sofre lembranças, pancadas
Acreditava ter visto estrelas, dentro das retinas
Serão os anjos, que acompanham a dor sofrida?
SoluçãoNenhuma
E, do nada, a vida se esmorece
Mais triste a cada dia
Menos vida
Menos alguém
Talvez,
talvez, eu...
(Neyde Noronha)
*****
História de Maria
Quando conheci Maria
desconheciasua dependência
Tão faceira e cuidadosa resolveu se tratar
Não quis mais fumar sequer um cigarro
" Tentei"- disse- me ela
Fez de tudo
Até terapia
Os dedos roia
Ficava com fome
Mascava chiclete
Mordia o lençol
Mas a sua solidão aumentava
Maria coitada quase sem unhas
Faceira como sempre
Descupava-se a si mesma
Fumar menos, não deu certo
Tornou-se fumante, de cigarro apagado
Contudo, não sente mais o seu próprio cheiro
Não vê o maço
Senta-se na cama como num jazigo
Trêmula, seca e curvada
Sempre a tossir
Noite inteira
Engasga-se
Agora, sozinha
Na mesma solidão.
(Neyde Noronha)
*****
Guarda a minha Paz
Com amor no coração
Preencho a minha vida
E cada momento é uma festa
Sua voz ao meu ouvido
Palavras carinhosas
Sons reservados para mim
Caminho com você
Fecho os meus olhos
Vejo a face de um amor constante
Que guarda a minha paz
(Neyde Noronha)
****
Foi assim...
(Neyde Noronha)
Foi assim...
As minhas fantasias acabaram
Sonhos, ilusões, perdiam-se no dia-a-dia
Perdi o costume de me apaixonar
Perdi a paciência de ouvir a bonita voz ao telefone
Não menti que gostaria que estivesse comigo
Com convicção, pedia respostas
Fidelidade, achava impossível
Meus impulsos diziam que havia de esperar
Sempre teria muito a dizer
A sentir
Mas tudo foi muito rápido.
Respostas vieram

Hoje
Perguntas não serão mais feitas
Promessas nem pensar
Me esquivo de todas elas
Mesmo de quem marcou o meu sonhar
Não, não quero ouvir mais o telefone tocar
Na mesma hora
Depois que ela voltou
Ele emudeceu

Previa

Um objeto
Vive e morre
Na impossibilidade
Do sonho que poderia ser possível
A esperança de um abraço
Então
Nunca haveria de acontecer
Este amor
Nunca seria de verdade, afinal
Solidão possível
Desabafo a minha dor
Deito-me, simplesmente
Penso no sono da paz
No amor
De quem nunca me sentiu
Mas também, não mentiu.

27 de novembro de 2005

********
Tela pintada por neydenoronha

Feridas
(Neyde Noronha)
Sentada a beira de um riacho
seu pensamento volta ao passado.
Reflete sobre sua angustia,
relembra a felicidade.
Seu encontro com o novo.
Em paz, escuta o ruído das aves,
das águas, do som que vem de longe,
da música que deseja ouvir.
De onde virão tantas esperanças!
Sonha
Acredita
Medita
Deita-se, fecha os olhos
Pensa...
De onde vieram tantas feridas?
Ainda escuta o suave som,
Que sabe de onde vem
De um sonho desfeito
Tenta se recuperar
Sente força, confiante se acalma na coragem
Controla-se...
Não deseja se machucar
Escreve em seu livro de vida que o futuro é hoje
Levanta-se
Volta para casa.
*****

Faleceu em Mim
(Neyde Noronha)
Faleceu em mim o sentimento de esperar
A esperança de acolher
O objetivo
Faleceu, morrendo de dor
Um coração cheio de vida
Que amou com sentimentos ingênuos
Fiel aos valores humanos
Mas não resistiu
Faleceu em mim o despudor de me expor
Corpo e alma
Para alguém que sempre desejei
Faleceu em mim
A vontade de ficar ao lado da esperança
De me sentir amada
De falar de amor
Faleceu, então
Um coração jamais triste
Que aprendeu a ser só
Que viveu glórias,
Mentiras e verdades
Que batia forte
Em um peito cheio de vida
Faleceu em mim a música que ouvia
E pensava que fosse para mim
Nada resistiu no meu sonho de mulher
À mercê dos dias que passaram
Parti, sem me despedir
********
Exumação
(Neyde Noronha)
Percorremos as estradas da vida
Caminhamos juntos
Vivemos o tempo
Foram anos e anos
Dores, alegrias
Desavenças e paz
Em épocas diferentes
Sei contar como foi
Só não onde estão agora
Hoje pela manhã vi seus restos
Pude me aproximar fisicamente de vocês.
De minutos em minutos
Um pássaro vinha para perto de mim
Com o seu canto
Algo desejava me dizer
O que não soube interpretar:
Finalmente
Fizemos outra caminhada
Cinco urnas, na mão de três
Saímos e vocês ficaram
Porém, saímos juntos
Uma família
Primeira,
segunda,
terceira geração
Juntos na vida e na despedida
Minha avó, meu avô, sobrinho, pai e mãe
A saudade presente
Vocês ausentes.
*****

domingo, 1 de julho de 2007

"Sonho que se sonha só, é só um sonho. Sonho que se sonha junto, é
realidade." (Raul Seixas)

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Esperança
A gente se perde num dia
A gente se perde na dor
A gente se perde sem causa
A gente se perde no amor
Passo o tempo, encantada
Com risos e brincadeiras
Levo comigo as minhas fantasias
Acredito na vida
No vento, no tempo e na esperança
Ela que passa rasteira
Deixando um rastro de luz
Não fujo de sua magia
Nem dos meu desejos
E, tenho a certeza
De que outros dias virão
Por isto vou dar rasteira
Na minha solidão
(Neyde Noronha)
******
Ecos do fim

Tentei afastar em vão
O pesadelo e a solidão
Ecos do passado
Guardiões silenciosos
Vigiam a paz
Que insisto em perseguir
O sonho se transforma em real
Enquanto fantasmas vigilantes
Dominam a noite
Ecos de mim
Se esvaem em lágrimas
Pela saudade que deixaste

Nunca mais!

Realidade cruel
Trouxe de volta a dor
Ciladas e mentiras
Ecos de sentimentos
Perfil jamais visto
Intrigas, sem fim
Som Sinos
Olhar de minha'alma
Mingua
Vítima oculta
Em morte prematura
Ecos do fim
15.6.2004
Neyde Noronha
********


Um Anjo então seria
Ou uma fada cantante
Continuaria a desafiar
O solitário homem
Sua harpa soa, lindamente
Declama os seus versos
Porque deles faz o seu canto
Esta tudo pronto para constantes sonetos
Delírios de sonhadores
Que alongam o amanhecer
Na madrugada
Não mais tão fria
Com você
(Neyde Noronha)

Agradeço aos assinantes deste blog os elogios e a leitura que tanto me previlegia e analtece. Com o meu especial carinho a todos o meu abr...