domingo, 21 de março de 2010

                                Luz da Vida

The Light of Life from daihei shibata on Vimeo.
A vida é transparente, quente e redemoinhos aleatoriamente como uma luz suave. E isso muda constantemente ...
A vida ilumina-se e, em seguida, ele começa a acender uma nova vida.
Uma massa brotou das luzes inumeráveis tornar-se um fluxo de pouco tempo, e então se tornar parte da vida pulsar dos séculos.
Que a vida os laços, esse momento agora.

Director: Daihei Shibata
Piano: Naomi Yaguchi
Música: Debbusy "Clair de Lune"

sábado, 13 de março de 2010



EXPERIÊNCIA: Você tem?

Num processo de seleção da Volkswagen, os candidatos deveriam responder à seguinte pergunta:

“Você tem experiência”?

A redação a seguir foi desenvolvida por um dos candidatos. Ele foi aprovado e seu texto está fazendo sucesso, e ele, com certeza, será sempre lembrado por sua criatividade, sua poesia, e acima de tudo por sua alma, embora seu nome não tenha sido divulgado.

REDAÇÃO VENCEDORA

Já fiz coceguinhas na minha irmã

só pra ela parar de chorar,

já me queimei brincando com vela.

Já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto,

já conversei com o espelho,

e até já brinquei de ser bruxo.
Já quis ser astronauta, violonista,

mágico, caçador e trapezista.
Já me escondi atrás da cortina

e esqueci os pés pra fora.

Já passei trote por telefone.
Já tomei banho de chuva

e acabei me viciando.

Já roubei beijo.

Já confundi sentimentos.

Peguei atalho errado

e continuo andando pelo desconhecido.
Já raspei o fundo da panela

de arroz carreteiro,

já me cortei fazendo a barba apressado,

já chorei ouvindo música no ônibus.
Já tentei esquecer algumas pessoas,

mas descobri que essas

são as mais difíceis de se esquecer.

Já subi escondido no telhado

pra tentar pegar estrelas,

já subi em árvore pra roubar fruta,

já caí da escada de bunda.
Já fiz juras eternas,

já escrevi no muro da escola,

já chorei sentado no chão do banheiro,

já fugi de casa pra sempre

e voltei no outro instante.

Já corri pra não deixar alguém chorando,

já fiquei sozinho no meio de mil pessoas

sentindo falta de uma só.

Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado,
já me joguei na piscina sem vontade de voltar,

já bebi uísque

até sentir dormentes os meus lábios,

já olhei a cidade de cima

e mesmo assim não encontrei meu lugar.
Já senti medo do escuro,

já tremi de nervoso,

já quase morri de amor,

mas renasci novamente

pra ver o sorriso de alguém especial.

Já acordei no meio da noite

e fiquei com medo de levantar.

Já apostei em correr descalço na rua,

já gritei de felicidade,

já roubei rosas num enorme jardim.
Já me apaixonei e achei que era para sempre,

mas sempre era um “para sempre” pela metade.

Já deitei na grama de madrugada

e vi a Lua virar Sol,

já chorei por ver amigos partindo,

mas descobri que logo chegam novos,

e a vida é mesmo um ir e vir sem razão.
Foram tantas coisas feitas,

momentos fotografados

pelas lentes da emoção,
guardados num baú

chamado coração.

E agora um formulário me interroga,

me encosta na parede e grita:

“Qual sua experiência”?

Essa pergunta ecoa no meu cérebro:

Experiência... Experiência...

Será que ser “plantador de sorrisos”

é uma boa experiência? Não!

Talvez eles não saibam

ainda colher sonhos!
Agora, gostaria de indagar

uma pequena coisa

para quem formulou esta pergunta:
Experiência?

Quem a tem, se a todo momento tudo se renova?




Um só momento
(Neyde Noronha)
Dá-me um só momento
Para pensarmos
Avaliarmos o tempo
O tempo que se foi

Senti quando te esperei
Não veio

Com evazivas
Dia após dias
Os seus correm, mais do que os meus
São horas intensas
Pensando em cores, vivo
O sentimento em letras,
Vêm de ti

Sinto o quanto foi lembrar
E tentar te esquecer
Um dia após o outro
Viverão sorrisos e alegrias
Quantas voltas e partidas
Partidas para o retorno

Não sei se é amor
Não sei se é apego
Não sei se é o costume de estar por perto
Só sei que adorar é coisa muito séria no coração
É este o meu modo de ser...

sábado, 6 de março de 2010




Assim, tão de repente

Neyde Noronha

Quero ficar, mas não posso.
Medito para não chorar.
Assim, tão de repente,
uma parte de mim quer ir,
a outra quer ficar.

Tantas idas sem volta,
regressos vão e vêm,
bem ou mal são regressos,
procura de acertos esquecidos.

Mão no peito, choro.
Agarro a dor sentida
que procuro entender
no silêncio;
e assim, tão de repente,
chega à despedida.

Agradeço aos assinantes deste blog os elogios e a leitura que tanto me previlegia e analtece. Com o meu especial carinho a todos o meu abr...