sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Portão Aberto

(Neyde Noronha)
O triste olhar percorre os arredores daquela casa onde todos se reuniam junto ao portão em pequenos grupo de amigos .Feitos os deveres escolares, trocar prosas ao lado de um pequeno muro, cercado de flores, o dia-a-dia era então passado a limpo - O papo-rotina de quase todas as semanas. Ainda tentava vender santinhos para as meninas do grupo, que lá mesmo na calçada a noitinha os trocavam em dedicatórias- Para ajudar as Missões... Sonhava ser Missionária depois de ver um filme com o Gregory Peck...Sempre gostou de sorrir, muito e muito, talvez por isto se conserva mais jovem, tem voz de menininha que não cresceu, não mostra a maturidade que hoje tem, mas dá bom astral.O Bira passava de moto as quatro horas da tarde. Passear na Praia de Icaraí. Era uma festa todas as tardes, quando não saia do portão -Não desejava perder o acenar d'aquele bonito moçoSeu primeiro namorado.Lembranças do cheiro de jasmim, humm....que cheirinho gostoso, parece que sente agora!Com o passar dos anos todos se foram, não sabe onde encontrá-los, aquela turma alegre que amarrava uma linha no poste com latinhas cheias d'agua ou uma nota de dinheiro. Pessoas correndo atrás da nota, e, do outro lado tão quietinhos, como se nada soubessem, puxavam o fio! Ah, tanta coisa para contar....E a espada de São Jorge! Na vila ao lado, da janela, de braços cruzados, faziam o mesmo.Quem via a planta banhada em óleo de cozinha pensava que era uma cobra...Saudades do muro baixinho, do portão sempre aberto, dos degraus onde sentavam todos os dias. Hoje, o portão não está mais aberto. A casa abandonada, galhos de plantas nascendo no telhado, muitas grades, muito estranha, sem pintura, com grafismos. Ficamos sabendo que o mau pagador -inquilino, foi preso ( não comentar).
*****

domingo, 18 de janeiro de 2009

Poetas amantes
( Neyde Noronha)
São pedaços rasgados
Que se encontram
Na magia de um dia de sol
Ou numa noite de lua
Unem os seus corpos
Na ansiedade do encontro
No sentimento de se doar
Nas poucas horas
Que tão logo desaparecem.
Viajam nos seus sonhos em delírios de amor
Por vezes se tornam poetas
Quando encontram respostas
As suas questões
São tristes, no âmago dos seus desejos
Mas inesperadamente se separam
Como um brinquedo quebrado
Pela mão de um menino
Poetas amantes
Talvez possam chorar
Pela despedida
Agarram-se fortemente
Na esperança
De um novo encontro.
17/01/2009

sábado, 17 de janeiro de 2009



Um sonho de esperança
(Neyde Noronha)

Quisera viver um sonho de esperança
Quem não deseja o amor de alguém
Com os teus olhos
Tua boca
E o teu forte abraço.

Quisera viver contigo
Um sonho a mais para ti
Um sonho a mais para mim.

Sem mágoa alguma
Passei tempos sem te sentir
E hoje te revejo intenso
Cheio de amor para dar.

Venha para perto de mim
A tua volta
Nunca será uma esperança perdida
Ela alcança todo o meu ser.

17/01/2009


__._,_.___

Agradeço aos assinantes deste blog os elogios e a leitura que tanto me previlegia e analtece. Com o meu especial carinho a todos o meu abr...