sábado, 4 de junho de 2011

                                                     ......................... De Repente
                                                     ..............
                                                                  Neyde Noronha

Quero ficar, mas não posso.
Medito para não chorar.
Assim, tão de repente,
uma parte de mim quer ir, 
a outra quer ficar.
Tantas idas sem volta,
regressos vão e vêm,
bem ou mal são regressos,
procura de acertos esquecidos.

Mão no peito, choro.
Agarro a dor sentida
que procuro entender no silêncio;
e assim, tão de repente, chega à despedida.

(A minha homengam póstuma a Cássia Eller)

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