quinta-feira, 9 de outubro de 2008



Indigente

Um indigente
Bipolar
Nas pequenas coisas
Sofre intensamente
Nas grandes, se confunde
Tem medo de viver

As vezes se pergunta
Como seria morrer?
Estranho
Não ousa experimentar
Nada tem a fazer
A Família se emancipou
Pra que contar o tempo
Migalhas de carinho,
Que vêm aos poucos

Não,
está quase na hora de partir
Basta
Escolher o tempo
Escolher a hora
E fazer a escolha

Pra não se machucar...
(neyde noronha)

Um comentário:

  1. Escolher o tempo, escolher a hora. Dentre todas, essa, talvez, seja a mais difícil. Melhor, então, que deixemos a cargo da vida. Lindo e triste o seu poema. Na bipolaridade, o excesso é quem determina.
    Um abraço.
    Neide,
    obrigada pelo selo. Coloquei-o na coluna à direita do florescer. Depois de uma semana, eu o colocarei na apresentação de slides. Adorei. Muito obrigado mesmo.

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Agradeço aos assinantes deste blog os elogios e a leitura que tanto me previlegia e analtece. Com o meu especial carinho a todos o meu abr...